"Analisámos a evolução da situação epidemiológica. E constatamos uma degradação manifesta. O vírus circula cada vez mais em França", afirmou esta tarde Jean Castex, primeiro-ministro, numa conferência de imprensa na sua residência oficial.
Esta comunicação oficial aconteceu depois de mais um Conselho de Defesa dedicado à covid-19, que reuniu esta manhã o Presidente, Emmanuel Macron, membros do Governo e especialistas de diversos campos face à pandemia.
Uma das principais medidas anunciadas foi a redução do período de isolamento obrigatório em caso de suspeita de covid-19 de 14 dias para sete dias. Esta medida já tinha sido avançada esta semana pelo Conselho Científico que aconselha o Governo na gestão da crise.
Assim, quem esteve em contacto com um caso positivo sem ter teste positivo ou um teste positivo sem sintomas passa a ter um período mais curto de isolamento. Em caso de teste positivo sem sintomas, o teste deve ser repetido após sete dias.
Apesar de o país estar agora a testar quase um milhão de pessoas por semana, o primeiro-ministro veio esclarecer que os testes vão passar a ser prioritários para quem tem sintomas, quem esteve em contacto com um doente positivo e para quem trabalhe num hospital ou num lar de idosos.
Jean Castex reforçou que o país "não vai entrar numa lógica de confinamento generalizado", mas indicou que há agora 42 regiões no nível máximo de alerta em relação à pandemia, deixando às autoridades locais a liberdade de adotarem medidas mais restritivas.
Marselha, Bordéus e a Guadalupe, zonas onde a situação se está a degradar rapidamente, deverão apresentar ao Governo novas medidas até segunda-feira.
O próprio primeiro-ministro está quase a terminar o seu período de isolamento, depois de ter estado em contacto com um caso positivo. O primeiro teste de Castex deu negativo e o líder do executivo deve ser novamente testado este sábado.