O Governo dos EUA não reconhece Maduro como Presidente da Venezuela desde 2013, tendo, em 2018, reconhecido legitimidade o líder da oposição Juan Guaidó como Presidente interino e insistindo na necessidade de novas eleições "livres e democráticas".
"Sabemos que o regime de Maduro destruiu o povo da Venezuela e que Maduro é um traficante de drogas, sob acusação. Isso significa que ele deve sair", disse Pompeo, durante uma visita a Guiana, numa digressão pela América Latina.
Os Estados Unidos têm intensificado as sanções económicas sobre a Venezuela e, em março passado, o Departamento de Justiça indiciou Nicolas Maduro e alguns seus familiares por crimes de "narcoterrorismo".
Ao lado de cerca de 60 países e organizações, incluindo Portugal e a União Europeia, os Estados Unidos reconhecem Juan Guaidó como Presidente interino. Este acusa Maduro de 2usurpador" e "ditador" depois das presidenciais "fraudulentas" de 2018.
Contudo Maduro continua a contar com o apoio do exército e convocou eleições legislativas para dezembro, que a comunidade internacional considera não ter condições de se realizarem de forma transparente.
"Queremos democracia, liberdade e estado de direito" na Venezuela, disse Pompeo.
O secretário de Estado norte-americano aproveitou a visita à Guiana para anunciar que Washington vai libertar cerca de três milhões de euros para ajudar o país da América Latina na gestão dos 22 mil refugiados venezuelanos que ali foram acolhidos, quando fugiram da crise económica, social e política onde viviam.
A Guiana é a segunda paragem da digressão de Pompeo, que esteve no Suriname e vai ainda viajar para o Brasil, hoje à noite, e depois para a Colômbia.