Merkel pede "cessar-fogo imediato" de Azerbaijão e arménios
A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje "um cessar-fogo imediato" na região de Nagorno-Karabakh, onde o Azerbaijão e os separatistas arménios têm tido violentos confrontos desde domingo, situação que levou a ONU a marcar uma reunião de emergência.
© Reuters
Mundo Azerbeijão
"A chanceler sublinhou que é urgente um cessar-fogo imediato e um regresso à mesa de negociações" em duas conversas telefónicas separadas com os líderes do Azerbaijão e da Arménia, avançou hoje o Governo alemão, em comunicado.
"Os países vizinhos devem contribuir para uma solução pacífica", sublinhou o Governo de Angela Merkel, defendendo que a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e o grupo de Minsk, organização europeia criada em 1992 para procurar uma solução para o conflito na região, são "os fóruns adequados" para amenizar a tensão.
Desde domingo que as forças do enclave separatista, apoiado politicamente, economicamente e militarmente pela Arménia, um país de religião cristão ortodoxa, e as do Azerbaijão se confrontam nos combates mais sangrentos desde 2016.
No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh. Integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.
Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite uma mediação russo-norte-americana-francesa designada Grupo de Minsk. No entanto, as escaramuças armadas permaneceram frequentes.
Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam a abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.
O regresso do conflito armado a esta região separatista arménia do Nagorno-Karabakh está a suscitar receios sobre uma guerra em larga escala entre a Arménia e o Azerbaijão no Cáucaso do sul, onde Ancara e Moscovo disputam zonas de influência.
O Conselho de Segurança da ONU tem prevista para hoje uma reunião de emergência à porta fechada sobre a situação, indicaram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.
Alemanha e França estão na origem desta iniciativa, mas outros membros do Conselho (Estónia, Bélgica, Reino Unido) apoiam a iniciativa, precisaram as mesmas fontes.
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