Washington ameaça retaliar contra ataques de grupos pró-iranianos
Os Estados Unidos avisaram hoje que não tolerarão ataques de grupos pró-iranianos contra os interesses dos EUA no Iraque, ameaçando com retaliações.
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Mundo Washington
No momento em que o Governo iraquiano manifestou preocupação sobre uma possível retirada das forças militares norte-americanas, Washington repetiu o alerta de que não aceitará ver os seus interesses ameaçados na região.
"Não podemos tolerar ameaças contra o nosso povo, os nossos militares destacados no exterior. Não hesitaremos em tomar medidas, se necessário, para proteger o nosso pessoal", disse hoje o secretário de Estado adjunto para o Médio Oriente, David Schenker.
Quando questionado sobre relatos de uma ameaça norte-americana de encerrar a embaixada dos Estados Unidos em Bagdade, Schenker não confirmou nem negou.
"Não comentamos as conversas diplomáticas privadas do secretário de Estado", disse o diplomata, assegurando que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com as autoridades iraquianas para "garantir a proteção" dos interesses norte-americanos.
Diversas fontes políticas e diplomáticas confirmaram que o secretário de Estado, Mike Pompeo, deu um ultimato ao Iraque, na semana passada, ameaçando encerrar a embaixada dos EUA em Bagdade se os ataques de grupos pró-iranianos não terminarem.
O Governo iraquiano expressou formalmente a sua insatisfação, na quarta-feira, considerando uma possível retirada americana "perigosa", alegando que poderá levar à saída de outros países que estão empenhados na luta contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
Na noite de quarta-feira, as autoridades curdas no Iraque acusaram fações pró-iranianas de lançar foguetes contra as forças norte-americanas no Curdistão, repetindo situações que são frequentes há vários meses no Iraque, nomeadamente na zona de Bagdade onde se situa a embaixada dos EUA.
"O maior problema no Iraque são as milícias apoiadas pelo Irão, minando a estabilidade e atacando os Estados Unidos. As armas não estão sob o controlo do Governo central e esses grupos continuam a atacar os americanos", protestou David Schenker.
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