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Sarkozy ouvido sobre suspeitas de financiamento ilegal de campanha

O ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy foi hoje ouvido novamente em Paris pelos juízes responsáveis pela investigação sobre as suspeitas de financiamento líbio da sua campanha presidencial de 2007, disseram fontes judiciais.

Sarkozy ouvido sobre suspeitas de financiamento ilegal de campanha
Notícias ao Minuto

16:13 - 06/10/20 por Lusa

Mundo França

Sarkozy não era ouvido neste processo desde junho de 2019, numa investigação onde já se declarou "totalmente inocente", tendo-se recusado a responder às perguntas dos juízes e dizendo-se vítima de uma conspiração.

Em março de 2018, Sarkozy foi indiciado por corrupção passiva, dissimulação de desvio de fundos públicos e financiamento ilegal de campanha, através de fundos oriundos da Líbia.

Os juízes procuram esclarecer os pagamentos feitos em dinheiro para a sua campanha presidencial de 2007 através de um dos seus antigos colaboradores, Thierry Gaubert, que foi indiciado por associação criminosa.

Os investigadores querem saber se a transferência de fundos líbios foi utilizada para o orçamento de campanha da candidatura de Sarkozy, o que constitui uma ilegalidade, depois de um tribunal de recurso de Paris ter validado este processo.

Sarkozy já recorreu, de novo, deste processo, para o Supremo Tribunal de Justiça, em 28 de setembro passado, segundo uma fonte judicial.

A investigação foi iniciada após a divulgação pelo jornal 'online' Mediapart, em 2012, de um documento que supostamente provava que a campanha vitoriosa de Nicolas Sarkozy havia sido financiada pelo regime do ex-Presidente líbio Muhammar Kadafi.

Ao longo de sete anos de trabalho, os magistrados reuniram um somatório de pistas que deram corpo a esta tese, apresentando como provas testemunhos de dignitários líbios, notas dos serviços secretos de Tripolí e denúncias de intermediários.

Em novembro de 2016, o empresário Ziad Takieddine, indiciado neste caso e agora foragido desde a sua condenação em junho, afirmou ter entregue mais de cinco milhões de dólares (cerca de 4,2 milhões de euros), entre o final de 2006 e o início de 2007, a Sarkozy, então ministro do Interior, e ao seu chefe de gabinete, Claude Guéant.

Contudo, até agora, nenhuma evidência física foi encontrada, embora movimentos suspeitos de fundos tenham levado os investigadores do processo a avançar com nove acusações, até este momento.

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