Zweli Mkhize, titular da pasta de Saúde da África do Sul e o principal rosto da resposta à pandemia do Governo do Presidente Cyril Ramaphosa, anunciou no domingo à noite que ele e a sua esposa estavam entre os 1.662 casos positivos confirmados nesse dia.
"Decidimos ser testados ontem [sábado] quando comecei a ter sintomas ligeiros. Estava a sentir-me anormalmente cansado e, à medida que o dia avançava, comecei a perder o meu apetite. A minha mulher teve tosse, sentiu-se tonta e exausta. Dado os seus sintomas, os médicos aconselharam que ela fosse internada para observação e reidratação", escreveu Mkhize, no Twitter.
O ministro ficará em quarentena em casa e manifestou-se optimista quanto à sua recuperação, mas aproveitou a oportunidade para apelar a todos os sul-africanos para não baixarem a guarda.
DR ZWELI MKHIZE TESTS POSITIVE FOR COVID-1918/10/20I wish to inform the public that this afternoon my wife, Dr May Mkhize and I have tested positive for COVID-19. We decided to go test yesterday when I started showing mild symptoms.
— Dr Zweli Mkhize (@DrZweliMkhize) October 18, 2020
"Como país, demos passos significativos na nossa luta contra esta pandemia. Não nos arrisquemos a andar para trás. Com o que quer que façamos e para onde quer que vamos, tenhamos em mente que o risco de uma segunda vaga ainda existe", sublinhou.
Tanto o Presidente da África do Sul como as autoridades de saúde do continente enviaram mensagens de encorajamento a Mkhize e à sua mulher.
"Associo-me ao ministro no apelo a todos os sul-africanos para que permaneçam vigilantes e façam tudo o que for necessário para estarmos seguros e ajudarmos o país a evitar uma segunda vaga da pandemia", disse o Presidente Ramaphosa.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 703.793 casos, 18.471 mortes e 634.543 foram dados como recuperados da doença.
Com estes números, a taxa de recuperação do país atingiu 90% e a propagação da doença tem sido contida desde agosto, mas mantêm-se os receios de uma segunda vaga, especialmente após uma ligeira subida das infeções nas províncias economicamente mais ativas: Gauteng, onde se encontram Pretória e Joanesburgo, e o Cabo Ocidental, onde se encontra a Cidade do Cabo.
Uma segunda vaga neste momento seria devastadora para a África do Sul, uma vez que o país procura a retoma da sua economia, que registou uma contração de 51% do Produto Interno Bruto (PIB), colocando cerca de 2,2 milhões de pessoas no desemprego no segundo trimestre do ano.