Iris Davies, de 69 anos, colocava sempre os outros à sua frente. A mulher, que morreu de Covid-19, deixou de rastos uma família que desembrulhou, dias depois da sua morte, os presentes que Iris já tinha comprado para lhes oferecer no Natal.
Iris foi internada com uma gastroenterite e uma bronquite no Royal Glamorgan Hospital, no País de Gales, no início de outubro. Após esta luta, teve alta e regressou a casa, tendo mais tarde de voltar a ser internada: estava infetada com Covid-19.
A lutar contra a doença, a mulher manteve sempre uma atitude positiva nos seus últimos dias, lembra a família, e garantiu que não faltava comida ao marido, tendo feito a partir da cama do hospital as compras de supermercado.
Após a sua morte, na semana passada, a família de Iris descobriu que ela já tinha comprado e embrulhado as prendas de Natal para as crianças. Algo que já seria de esperar.
Os netos recordam-na com uma pessoa sempre bem disposta e que falava da morte com naturalidade há vários anos. Dizem que estava sempre preocupada com os outros e em fazê-los feliz. Na hora da despedida, filhos e netos asseguram que é essa a atitude positiva que vão manter, em homenagem à tão adorada mãe e avó.