O Ministério da Saúde espanhol somou 52.188 novos casos de infeção pelo novo coronavírus ao total acumulado de casos, sendo agora o total de 1.098.320. Este valor é correspondente ao fim de semana, uma vez que ao sábado e domingo não há atualização dos dados.
Já ao total de óbitos foram somadas 279 mortes, elevando o total acumulado para 35.031.
Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções pelo novo coronavírus, tendo adicionado mais 3.884 casos aos números de sexta-feira, elevando o total para 296.638.
Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.584 pessoas, das quais 327 na Catalunha, 273 na Andaluzia e 188 em Madrid.
Estão hospitalizados em todo o país 16.008 pessoas infetados com o novo coronavírus, das quais 2.183 estão em unidades de cuidados intensivos.
O nível de incidência acumulada em Espanha é de 410 casos diagnosticados por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Navarra (1.102), Aragão (820), La Rioja (684), Castela e Leão (643), Catalunha (585) e Madrid (409).
O Governo espanhol decretou no domingo o estado de emergência sanitária em todo o país durante quinze dias, para tentar contrariar a progressão da pandemia.
A medida estabelece o recolher obrigatório, menos nas Canárias, das 23h00 às 06h00, podendo cada uma das comunidades autónomas adiantar ou atrasar a medida em uma hora.
O estado de emergência também outorga a cada uma das regiões espanholas os instrumentos jurídicos necessários para decidir medidas como o confinamento de zonas do seu território, municípios ou mesmo toda a comunidade autónoma.
Na Comunidade de Madrid, por exemplo, o executivo regional proíbe qualquer deslocação desnecessária entre as 00h00 e as 06h00, horário em que a população teve ficar confinada ao seu agregado familiar.
Ao contrário da Catalunha, que encerrou totalmente a restauração, em Madrid este setor pode agora estar abertos até à meia-noite, uma hora mais do que anteriormente.
Na comunidade autónoma da capital de Espanha há ainda 32 "zonas sanitárias básicas", com uma taxa de incidência acumulada superior a 500 positivos, onde a população apenas pode sair para ir trabalhar, à escola ou tratar de assuntos essenciais.
O Governo socialista de Pedro Sánchez vai tentar nos próximos dias que o parlamento aprove o alargamento do estado de emergência para seis meses, até 09 de maio do próximo ano, para que a medida não tenha que ser discutida e aprovada de duas em duas semanas pelo parlamento.
Sánchez está convencido que já tem os apoios necessários, mas hoje, pelo menos o Partido Popular (direita) e o Cidadãos (direita liberal) já manifestaram que apenas irão apoiar a medida se o período de tempo sem que o Governo preste contas ao parlamento for mais reduzido (oito semanas no caso do PP).
A Comunidade de Aragão (nordeste de Espanha) anunciou hoje que irá instaurar a partir desta meia-noite um confinamento a toda a região, de modo que não será possível sair ou entrar exceto por razões justificadas.
Esta medida será aplicada a partir da meia-noite até 09 de novembro, e as três capitais de província continuarão, por sua vez, a estar confinadas em relação ao resto do território aragonês, bem como terão de cumprir o recolher obrigatório estabelecida pelo Governo central, das 23h00 às 06h00.
Mesmo ao lado, a comunidade autónoma da Catalunha revelou que estava a estudar a possibilidade de confinar a população às suas casas no fim de semana.
"Este é um cenário que está em cima da mesa, uma vez que é durante os fins-de-semana que há mais interação social", disse hoje a porta-voz do governo regional, Meritxell Budo, na rádio pública catalã.
[Notícia atualizada às 18h32]