O ministro das Finanças da África do Sul, Tito Mboweni, afirmou hoje que um total de 10,5 mil milhões de rands serão "atribuídos à SAA para a implementação do seu plano de reestruturação", segundo um documento citado pela agência France-Presse.
Endividada e sem registar lucros desde 2011, a SAA tem sido sucessivamente injetada com fundos públicos.
Em dezembro, a administração do atual Presidente, Cyril Ramaphosa, colocou a SAA em recuperação, como forma de evitar a falência.
No final de janeiro deste ano, a SAA anunciou que terá acesso a 3,5 mil milhões de rands (218 milhões de euros ao câmbio de então), disponibilizados pelo Banco de Desenvolvimento da África Austral.
Durante esse mês, a SAA cancelou vários voos, num esforço para poupar dinheiro após o fim do prazo para uma prometida injeção de capital do Governo de cerca de 138 milhões de dólares (117 milhões de euros ao câmbio atual).
Em fevereiro, ainda antes da suspensão da atividade aeronáutica devido à covid-19, a SAA anunciou a suspensão de várias rotas, incluindo as ligações aéreas a Luanda, em Angola, e São Paulo, no Brasil.
Em julho os credores da SAA aprovaram um plano para a reestruturação da empresa que implica o despedimento da maioria dos 5.000 trabalhadores.
De acordo com a agência de notícias francesa France-Presse, a SAA é um símbolo da má gestão de muitas empresas, característica do reinado do antigo presidente sul-africano, Jacob Zuma, entre 2009 e 2018.