Áustria impõe recolher noturno e fecho de hotéis e restaurantes

O Governo austríaco anunciou hoje novas medidas de combate à pandemia que incluem um recolher obrigatório noturno e o fecho de hotéis, restaurantes e organizações culturais e desportivas, face a números recorde de contágios nos últimos dias.

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Lusa
31/10/2020 17:00 ‧ 31/10/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Um segundo confinamento é aplicado a partir de terça-feira e até ao final de novembro", afirmou o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, numa conferência de imprensa em Viena.

A medida central deste confinamento parcial é o recolher obrigatório, que vigorará entre as 20h00 e as 6h00, precisou.

Escolas e creches, assim como lojas e cabeleireiros vão permanecer abertos, adiantou, mas as escolas secundárias e universidades regressam ao ensino à distância.

A Áustria registou na sexta-feira 5.267 novos casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, quase 1.200 mais que no dia anterior e a primeira vez, desde o início da pandemia, que o país ultrapassa as 5.000 infeções em 24 horas.

Relativamente poupado na primeira vaga da pandemia, o país de 8,8 milhões de habitantes regista atualmente 301,1 casos de infeção por 100.000 habitantes, quase o triplo da vizinha Alemanha (110,9), e uma taxa de hospitalizações muito elevada.

"Se não agirmos agora, a capacidade de cuidados intensivos vai atingir a saturação", advertiu o chanceler.

As empresas afetadas pelas novas medidas vão ser compensadas com o equivalente a 80% dos seus rendimentos em novembro de 2019, mas estão impedidas de despedir trabalhadores.

Desde o início da pandemia na Áustria, em março, um total de 106.000 pessoas foram infetadas, 1.097 das quais morreram.

O novo coronavírusinfetou mais de 45 milhões de pessoas em todo o mundo, mais de um milhão das quais morreram.

A Europa, que registava hoje de manhã um total acumulado de mais de 276 mil mortes em 10,2 milhões de casos, é atualmente a região do mundo onde o vírus se propaga com mais rapidez.

O número de novos casos registados esta semana na Europa foi 41% superior ao da semana anterior, segundo contas da agência France-Press com base nos dados divulgados oficialmente.

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