De acordo com o Ministério da Saúde iraniano, dos 8.289 novos infetados nas últimas 24 horas, 3.023 foram hospitalizados gravemente, elevando o número de internados para 5.315.
Do total das 31 províncias do país, 27 estão em estado de alerta vermelho (o mais grave).
A porta-voz do Ministério da Saúde iraniano, Sima Sadat Larí, pediu à população mais cooperação para enfrentar a pandemia e evitar comportamentos de risco.
"Hoje, mais do que nunca, precisamos de aumentar a consciência pública para seguir os conselhos de saúde e evitar comportamentos sociais de risco", exortou Larí, que expressou a esperança de que as infeções sejam controladas com o cumprimento dos protocolos de prevenção.
As autoridades iranianas queixam-se da baixa adesão da população aos protocolos de saúde e alertam para a necessidade de aumento de medidas de restrição, para conter esta nova vaga de surtos.
Uma das mais recentes medidas, tomadas antes de um feriado na terça-feira no país, proíbe as deslocações entre províncias, até ao final de sexta-feira.
O feriado desta terça-feira coincide este ano com o dia da marcha do Irão contra os EUA, cerimónia que é comemorada todos os anos em todas as cidades do país e que, este ano, as autoridades decidiram manter, apesar da pandemia.
O governador de Teerão, Anushiravan Mohsení Bandpey, em carta dirigida ao ministro do Interior, Abdolreza Rahmaní Fazlí, pediu uma revisão desta decisão, especialmente em Teerão, alegando a gravidade da situação na capital do país.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.