A líder do executivo dinamarquês argumentou que esta evidência ameaça a eficácia de uma futura vacina contra a doença covid-19, que é provocada por um novo coronavírus (SARS-Cov-2).
"A mutação do vírus via visons pode criar o risco da futura vacina não funcionar como deveria (...). É preciso abater todos os visons", afirmou Mette Frederiksen, numa conferência de imprensa.
Segundo as autoridades dinamarquesas, a população destes pequenos mamíferos naquele país situa-se entre os 15 milhões e os 17 milhões.
A Dinamarca segue o exemplo dos Países Baixos que, em agosto passado, decretaram o fim da prática de criar visons para a indústria de peles naquele país, após o registo de vários focos de infeção pelo novo coronavírus em explorações dedicadas à criação destes pequenos mamíferos.
Em junho passado, e após suspeita de transmissão do novo coronavírus a pessoas, também as autoridades holandesas ordenaram o abate de vários milhares de visons.
Já em maio, as autoridades holandesas já tinham decidido proibir o transporte de peles de visons em todo o país, depois da divulgação do caso de dois trabalhadores de uma exploração localizada na zona do sul dos Países Baixos que teriam contraído o novo coronavírus através daqueles pequenos animais.
Na altura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, e perante as suspeitas, que estas possíveis contaminações poderiam ser os "primeiros casos conhecidos de transmissão" do novo coronavírus de animais para seres humanos.
Vison ou marta é a designação comum a várias espécies de mamíferos mustelídeos, que se assemelham às doninhas da América do Norte.