Em quarentena, diretor-geral da OMS defende "nova era de cooperação"

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu hoje uma liderança global baseada na "responsabilidade e confiança mútuas" e uma "nova era de cooperação", partindo das lições da pandemia da covid-19.

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Lusa
09/11/2020 20:44 ‧ 09/11/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"É tempo de o mundo curar-se, das devastações desta pandemia e das divisões geopolíticas que apenas nos conduzem mais para o abismo de um futuro pouco saudável, inseguro e injusto. Hoje e todos os dias, temos de escolher a saúde, somos uma grande família", afirmou, na 73.ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada por videoconferência a partir de Genebra, na Suíça.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, em quarentena por ter contactado com uma pessoa infetada, pediu uma "liderança assente na confiança e responsabilidade mútuas" para "acabar com a pandemia" e tratar das "desigualdades fundamentais que estão na raiz de muitos dos problemas do mundo".

O dirigente da OMS advertiu que "uma vacina não pode resolver o subinvestimento global nas funções essenciais da saúde pública e sistemas de saúde resilientes, nem a necessidade urgente de 'uma saúde' que englobe a saúde de humanos, animais e do planeta".

"Não existe vacina para a pobreza, fome, alterações climáticas ou desigualdades", apontou, citado em comunicado de imprensa da OMS.

Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu, igualmente, "financiamento previsível e sustentável" para a OMS, observando que o orçamento anual da organização equivale ao que o mundo gasta em produtos de tabaco num só dia.

A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou pelo mundo.

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