O embaixador norte-coreano nas Nações Unidas, Kim Song, rejeitou "categoricamente" o relatório, ao qual apontou "falta de imparcialidade e objetividade para uma organização internacional" como a ONU, acrescentando que a AIEA "não passa de um joguete político dos países ocidentais".
"A Coreia do Norte jamais terá relações com a AIEA enquanto a esta lhe faltar imparcialidade, objetividade e continuar a ser uma marioneta que dança ao ritmo das forças hostis" a Pyongyang, insistiu o representante do país liderado por Kim Jong Un.
Antes, o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, tinha afirmado que "as atividades nucleares da Coreia do Norte continuam a ser causa de séria preocupação".
"A continuação do programa nuclear do país é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança e é profundamente lamentável. Apelo à Coreia do Norte para que aplique plenamente as suas obrigações estabelecidas pelas resoluções do Conselho de segurança", afirmou o responsável.
A Coreia do Norte abandonou em 2003 o tratado de não-proliferação nuclear e os inspetores da AIEA não puderam mais entrar no país que, entretanto, se tornou uma potência nuclear.
No encontro mantido com o presidente norte-americano Donald Trump, em junho de 2018, Kim Jong Un comprometeu-se a trabalhar para uma "desnuclearização completa" da península coreana, mas o ceticismo sobre a promessa tem vindo a aumentar em face da ausência de avanços concretos.