Covid-19: África ultrapassa barreira dos dois milhões de infetados

O continente africano ultrapassou hoje a barreira dos dois milhões de infetados com o novo coronavírus, com a covid-19 a causar 48.408 mortos, informou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África).

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Lusa
19/11/2020 07:47 ‧ 19/11/2020 por Lusa

Mundo

Pandemia

Desde que a primeira infeção continental foi detetada a 14 de fevereiro no Egito, os 55 estados membros da União Africana acumularam 2.013.388 casos. Destes, 1.703.498 pacientes recuperaram.

A África é responsável por pouco menos de 4% das infeções comunicadas em todo o mundo, um número que muitos especialistas acreditam não representar o impacto real da pandemia no continente, onde apenas mais de 19 milhões de testes foram feitos para uma população global de cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.

Contudo, África, pelo menos de acordo com dados oficiais, escapou até agora ao mesmo efeito catastrófico do novo coronavírus noutras áreas do mundo, tais como na Europa ou no continente americano.

Esta é uma circunstância que muitos peritos atribuem a fatores como a sua população jovem, experiência em epidemias anteriores (ébola e malária, por exemplo), a sua menor interligação e a possibilidade de gozar de alguma imunidade a outras estirpes de coronavírus.

O maior número de casos de infeção e de mortos regista-se na África Austral, com 847.992 infeções e 22.139 mortos por covid-19. Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza um total de 757.144 casos de infeção e 20.566 mortes.

O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, registando um total de 656.514 pessoas infetadas e 17.459 mortos.

Na África Oriental, há 246.732 casos e 4.808 vítimas mortais, na África Ocidental, o número de infeções é de 199.484, com 2.830 mortos, e a África Central regista 62.666 casos e 1.172 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.495 mortos e 111.613 infetados, seguindo-se Marrocos, que contabiliza 5.013 vítimas mortais e 306.995 casos de infeção.

Entre os seis países mais afetados estão também a Argélia, que passou hoje os 70 mil casos (70.629) e 2.188 mortos, a Etiópia, que contabiliza 103.928 casos de infeção e 1.601 vítimas mortais, e a Nigéria, com 65.693 infetados e 1.164 mortos.

Em relação aos países africanos que têm o português como língua oficial, Angola regista o maior número de mortos e Moçambique o maior número de casos.

Angola regista 332 óbitos e 13.922 casos, seguindo-se Moçambique (119 mortos e 14.629 casos), Cabo Verde (104 mortos e 10.000 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.121 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.421 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 967 casos).

O CDC de África tem vindo a alertar nas últimas semanas para as consequências de uma segunda vaga da doença.

Uma segunda vaga teria também um impacto económico devastador em África, onde o crescimento das infeções é acompanhado pelo relaxamento das medidas de contenção em muitos países, cujas economias entraram em colapso devido ao coronavírus.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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