Covid: Resposta rápida essencial para mitigar "2.ª e potencial 3.ª vaga"

O diretor do África CDC sublinhou hoje que só a monitorização das "zonas quentes" da pandemia da covid-19 em África e uma resposta rápida adequada podem "baixar o impacto de uma segunda e eventual terceira vaga no continente".

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Lusa
19/11/2020 10:43 ‧ 19/11/2020 por Lusa

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África CDC

 

"Para baixar o impacto de uma segunda e eventual terceira vaga no continente, o Africa CDC apela a que seja mantido o uso da ciência e seja aumentada a vigilância, por forma a apoiar a nossa capacidade de resposta. A monitorização das zonas quentes e uma resposta rápida são muito importantes", reforçou John Nkengasong, diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

O continente africano ultrapassou hoje os dois milhões de casos de infeção reportados (2.013.388), o que corresponde a 3,6% do total de casos de infeção reportados em todo o mundo. Mais de 1,7 milhões de pessoas recuperaram de infeções com covid-19, representando uma taxa de recuperação na ordem dos 85% em todo o continente, anunciou na conferência de imprensa semanal em formato virtual desde Adis Abeba.

Um pouco mais de 48 mil mortes foram registadas, o que aponta para uma taxa de mortalidade "estável" de 2,4% no continente e representa 3,6% das mortes por covid-19 em todo o mundo, indicou ainda Nkengasong.

Cinco países foram responsáveis na última semana por 75% do total de casos reportados esta semana em todo o continente. São eles a África do Sul, com 38% de todos os casos, Marrocos (15%), Egipto (6%), Etiópia (5%) e Tunísia (4%).

Durante a semana entre 9 e 15 de novembro foram registados 93 mil novos casos de contágio, o que representou um aumento de 7% no número de novos casos registados, e 2.127 mortes, representando uma diminuição de 3%. Os cinco países que reportaram um maior número de novos casos foram Marrocos (acima dos 36 mil), África do Sul (mais de 13 mil) Tunísia (9 mil), Quénia (7 mil) e Argélia (5 mil).

Em relação às tendências verificadas no continente durante o período de cerca de um mês, entre 19 de outubro e 15 de novembro, foi registado um aumento de 9% no número de novos casos no conjunto do continente, correspondente a aumentos de 19% na região da África Central, 12% no Norte de África, 10% na África Oriental, 3% na África Austral e 1% na África Ocidental.

Em relação ao registo de novos casos nos países com maior população, o Quénia liderou o aumento de novos contágios (24%), seguido do Egito (15%), República Democrática do Congo (RDCongo, 13%), Nigéria (8%), África do Sul (6%) e a Etiópia registou uma diminuição de 11%.

Em termos de mortes, a África do Sul registou uma diminuição média de 10% no número de mortes, o Egito, 9% e Etiópia, 7%. Em contrapartida foi registado um aumento do número médio de mortes na RDCongo (36%), Nigéria (33%), e Quénia (29%).

O continente atingiu um recorde de 20,6 milhões de testes levados a cabo pelos 55 estados, o que representa um aumento de 5,5% no número de testes reportados na semana prévia. O objetivo inicial era o alcance dos 20 milhões de testes no final de outubro, registo que foi alcançado duas semanas mais tarde, o que "não é terrível", segundo o diretor do África CDC.

Dez países contribuíram para a realização de 73% dos testes -- África do Sul, Marrocos, Etiópia, Egito, Quénia, Gana, Nigéria, Ruanda, Uganda e Camarões.

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