Europa não atinge meta de redução da intensidade das emissões de gases

Os progressos na redução de emissões de gases com efeito de estufa dos combustíveis usados nos transportes são insuficientes para atingir as metas para 2020, alertou hoje a Agência Europeia do Ambiente (AEA).

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Lusa
19/11/2020 17:24 ‧ 19/11/2020 por Lusa

Mundo

Transportes

"Os últimos dados mostram que os progressos ainda são insuficientes para tornar os combustíveis para transportes mais respeitadores do clima", continuando a ser "problemático para a maioria dos Estados-membros da União Europeia" atingir os objetivos de redução de emissões para 2020, diz-se num comunicado da AEA, que se baseia nos dados comunicados até 2018 e hoje divulgados.

O objetivo da União Europeia (UE) era reduzir em 6% até 2020 a intensidade das emissões de gases com efeito de estufa dos combustíveis vendidos para transporte rodoviário, em relação a 2010, mas a maioria dos países não o está a conseguir, alerta a AEA no documento.

As emissões baixaram 3,7% entre 2010 e 2018, principalmente devido ao aumento da utilização de biocombustíveis, diz a AEA. Mas a Agência nota que as emissões aumentaram efetivamente entre 2017 e 2018 se forem tidos em conta os efeitos das alterações do solo para produção de biocombustíveis.

Em 2017, a intensidade média das emissões dos combustíveis vendidos na UE foi 3,4% inferior a 2010, quando a meta era chegar a uma redução de 4% nesse ano.

A Agência europeia nota que os transportes são responsáveis por mais de 25% das emissões de gases com efeito de estufa da UE e são "um dos principais contribuintes para as alterações climáticas", sendo que reduzir essas emissões é fundamental para concretizar a ambição de ter emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa até 2050.

Dos Estados membros só a Finlândia e a Suécia diminuíram as emissões em mais de 6%, por usarem combustíveis com proporções relativamente elevadas de biocombustíveis e por estes terem intensidades de emissões relativamente baixas.

Portugal está ligeiramente abaixo da média europeia na redução das emissões entre 2010 e 2018, especialmente se forem tidos em conta os efeitos das alterações do uso da terra (obteve uma redução de cerca de 2%). Excluindo esse fator a redução ronda os 3%.

Do outro lado da tabela os dois Estados que reduziram menos no mesmo período de 2010 a 2018 foram a Croácia (0,1%) e a Estónia (0,9%).

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