Ativistas Joshua Wong, Agnes Chow e Ivan Lam detidos a aguardar sentença

Os ativistas de Hong Kong Joshua Wong, Agnes Chow e Ivan Lam vão ficar detidos enquanto aguardam pela sentença de um tribunal por terem organizado uma manifestação não autorizada em junho de 2019.

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Lusa
23/11/2020 06:09 ‧ 23/11/2020 por Lusa

Mundo

Hong Kong:

A informação foi avançada à agência de noticias espanhola EFE por fontes do extinto partido Demosisto, ao qual pertenciam os três jovens ativistas.

Os três arguidos, que testemunharam perante o tribunal, estão agora detidos no centro Lai Chi Kok, à espera que os juízes pronunciem a sentença, que poderá ir até cinco anos de prisão.

A leitura da sentença deverá ser feita em 02 de dezembro, indicou Agnes Chow na rede social Facebook.

Horas antes, Joshua Wong anunciou que os três ativistas iam declarar-se culpados no julgamento, pela organização e participação numa manifestação não autorizada. "Não ficaria surpreendido se fosse detido ainda hoje", disse Wong aos jornalistas ao chegar ao tribunal, esta manhã.

"Continuaremos a lutar pela liberdade, e este não é o momento de nos achatarmos perante Pequim ou de nos rendermos", disse o rosto do movimento dos 'guarda-chuvas amarelos' em 2014.

Joshua Wong denunciou a detenção de 23 ativistas, jornalistas e conselheiros, nas últimas três semanas.

"Todos os dias temos ativistas em julgamento, manifestantes enviados para a prisão", de acordo com uma nota enviada aos jornalistas e a que Lusa teve acesso.

"Sob as contínuas investidas contra os dissidentes da cidade, gerações de jovens vão de protestos a prisões. Para salvaguardar a liberdade do lugar onde nascemos, todos eles fizeram um sacrifício silencioso, mas sem arrependimento. Alguns deles foram torturados, forçados ao exílio", frisou.

A mobilização pró-democracia no território foi muito forte até ao final do ano passado com manifestações que chegaram a ter dois milhões de pessoas, segundo os organizadores dos protestos.

Em junho, a resposta de Pequim aos protestos em Hong Kong surgiu com a imposição da lei da segurança na região administrativa especial chinesa, o que levou ativistas a refugiarem-se no Reino Unido e em Taiwan.

A lei pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras, com penas que podem ir até à prisão perpétua.

Leia Também: Ativista Joshua Wong vai declarar-se culpado em julgamento

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