OMS deixa aviso e sublinha: "Vacinas não equivalem a 'Covid zero'"

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que "o progresso nas vacinas nos dá um alento", mas a OMS "está preocupada com a crescente perceção de que a pandemia acabou".

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© REUTERS/Denis Balibouse

Notícias Ao Minuto
04/12/2020 18:49 ‧ 04/12/2020 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com o facto de, com a chegada das vacinas contra a Covid-19, que a população mundial comece a ganhar a perceçãode que a pandemia já terminou. A posição foi manifestada pelo diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta sexta-feira.

"O progresso nas vacinas dá-nos um alento e agora podemos começar a ver a luz no fundo do túnel. No entanto, a OMS está preocupada com a crescente perceção de que a pandemiadaCovid-19 acabou", disse, em conferência, nesta tarde, cita o The Guardian.

Tedros AdhanomGhebreyesusfez ainda questão de salientar que a pandemia, que teve o seu epicentro na cidade de Wuhan, na China, fará ainda parte das nossas vidas durante "um longo caminho".

O responsável frisou também que está nas mãos dos governos e dos cidadãos determinar quando esta acabará, o que será determinado pelas suas ações."Averdade", acrescentou, é que, "atualmentehá muitos locais que ainda têm uma transmissão muito alta do vírus, o que coloca uma grande pressão nos hospitais e nos profissionais de saúde".

Já Mike Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da Organização Mundial da Saúde, reiterou as palavras de TedrosAdhanomGhebreyesuse frisou que"a proteçãopode não durar a vida toda", podendo levar a que existam "reinfeções". "As vacinas não equivalem a 'Covidzero'", concluiu.

 

De recordar que o Plano de Vacinação em Portugal foi apresentado esta quinta-feira.A vacina contra aCovid-19, que deverá chegar a Portugal já emjaneiro, será universal, gratuita e facultativa, e será disponibilizada à população de acordo com as características aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento.

Portugal vai comprar mais de 22 milhões de doses de vacinas contra aCovid-19, no âmbitodos acordos entre seis farmacêuticas e a União Europeia, o que representa um custo de 200 milhões de euros. Para já, estão garantidas 6,9 milhões de doses da candidata daAstrazeneca, 4,5 milhões da Johnson & Johnson's, 1,8 milhões da Moderna e 4,5 milhões da Pfizer/BioNTech.

Os primeiros grupos prioritários são as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais (forças armadas, forças de segurança e serviços críticos), o que representa, no total, 950 mil pessoas.

 

Aceda aqui aoPlano de Vacinação contra aCovid-19

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