Colégio Eleitoral oficializa Biden como 46.º Presidente com 306 votos

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos da América (EUA) certificou hoje a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, que com 306 votos ultrapassou largamente o mínimo de 270 necessários para poder ser o 46.º Presidente.

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Lusa
15/12/2020 06:21 ‧ 15/12/2020 por Lusa

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EUA /Eleições

A vitória de Joe Biden foi ratificada depois de os delegados do Colégio Eleitoral pela Havai, o último dos 50 estados norte-americanos, atribuírem os quatro votos daquele estado ao democrata, que já tinha 302 votos e acabou com 306, de um total de 538.

O Presidente cessante, o republicano Donald Trump, arrecadou apenas 232.

Nos Estados Unidos, o Presidente não é escolhido por voto popular, mas por sistema indireto, através do voto dos grandes eleitores, escolhidos em função dos resultados eleitorais e em função da população de cada estado (com os mais populosos a ter direito a mais votos).

Biden venceu em vários estados que lhe atribuíram 306 delegados, superando o mínimo de 270 necessários para ser Presidente.

Joe Biden, de 78 anos, é a pessoa mais velha a assumir o cargo de Presidente. O democrata foi também o 47.º vice-presidente do país, entre 20 janeiro de 2009 e 20 de janeiro de 2017, durante as duas administrações sucessivas de Barack Obama.

A vice-presidência de Kamala Harris é, por si só, histórica, uma vez que a democrata vai ser a primeira mulher, a primeira mulher afro-americana e a primeira pessoa de origem indiana a ocupar este cargo.

A cerimónia de tomada de posse de Biden enquanto 46.º Presidente dos Estados Unidos vai ser realizada em 20 de janeiro.

Ainda hoje, a equipa de Joe Biden divulgou uma parte de um discurso que o Presidente eleito deverá fazer pelas 19:30 locais de Washington (00:30 em Lisboa).

Sem referir o nome de Trump, Biden 'enterrou o machado' nas alegações injustificadas de fraude eleitoral que o Presidente cessante, o republicano Donald Trump, tem alimentado desde que as primeiras projeções indicavam a vitória do democrata.

"Na batalha pela alma [dos Estados Unidos] da América, a democracia venceu", disse Biden através de um trecho desse discurso divulgado antecipadamente.

"A chama da democracia foi acesa há muito tempo neste país. E agora sabemos que nada, nem mesmo uma pandemia ou um abuso de poder, pode apagar essa chama", explicitou o democrata, que vai ser o 46.º Presidente dos EUA, acrescentando que, por isso, é o momento de "virar a página".

Estas alegações de fraude eleitoral perpetrada pelos democratas, que foram acompanhas por inúmeros processos em vários estados considerados fulcrais pelo número de votos no Colégio Eleitoral, e foram ecoadas pela família de Trump, pelo advogado do Presidente cessante, Rudy Giuliani, e por apoiantes.

Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos rejeitou um processo apoiado por Trump para anular a vitória de Biden nas presidenciais.

Apesar de continuar sem reconhecer a vitória do democrata, Trump já esgotou todos os meios possíveis, cuja base assentava em acusações sem evidências, para tentar reverter o resultado das eleições de 03 de novembro.

 

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