"O Presidente Buhari ordenou a abertura imediata dos postos fronteiriços", anunciou a presidência nigeriana na plataforma social Twitter.
Quatro postos fronteiriços serão abertos a partir de quinta-feira, e todos os outros postos fronteiriços do país serão reabertos até ao final de dezembro, adiantou o ministro da Economia, Zainab Ahmed, numa conferência de imprensa.
"O presidente reiterou que a proibição de importação de arroz, aves e todos os produtos proibidos continua em vigor e será implementada por equipas aduaneiras nas fronteiras", especificou o ministro.
Muhammadu Buhari impôs, de um dia para o outro, o encerramento das fronteiras terrestres, para desenvolver a indústria local e travar as importações, particularmente através do porto de Cotonou, no Benim, por onde entravam muitos produtos consumidos no enorme mercado nigeriano de 200 milhões de pessoas.
Esta medida teve consequências económicas dramáticas, sufocando não só o Benim e o sul do Níger, mas também as comunidades fronteiriças da Nigéria, que vivem principalmente do comércio com os países vizinhos.
Com a medida tomada em 2019, Muhammadu Buhari também queria impedir o contrabando de arroz importado (proibido na Nigéria, para incentivar as culturas locais) e de óleo refinado para o Benin.
Esta decisão, que vai contra todos os tratados de livre comércio e de livre circulação de bens e pessoas assinados no seio da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), tinha sido fortemente criticada pelos países da região.
A Nigéria, com 200 milhões de habitantes e dois milhões de barris de petróleo exportados todos os dias, é a maior economia do continente africano, mas o país tem o maior número de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza extrema do mundo.