Infeção de Macron motiva quarentenas de cinco líderes europeus
Pelo menos cinco líderes da União Europeia entraram em quarentena por terem estado nos últimos dias com o presidente francês, Emmanuel Macron, que hoje se confirmou estar infetado com Covid-19.
© Lusa
Mundo Coronavírus
Os chefes dos governos português, António Costa, belga, Alexander de Croo, espanhol, Pedro Sánchez, e luxemburguês, Xavier Bettel, bem como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, isolaram-se voluntariamente, por precaução.
Todos estiveram juntos no Conselho Europeu de 10 e 11 deste mês, em Bruxelas, sendo que António Costa voltou a estar com Macron na quarta-feira enquanto Sánchez e De Croo estiveram com o Presidente francês na segunda-feira.
Com resultados negativos ao teste do novo coronavírus estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Já esta tarde, o chefe do Governo espanhol apresentou também um resultado negativo ao novo coronavírus, mas irá permanecer em isolamento até pelo menos 24 deste mês, apesar de não apresentar quaisquer sintomas de doença.
Fonte europeia explicou que, segundo o Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, Macron deve ter sido contagiado entre a noite de segunda-feira e o dia seguinte.
Também hoje, o primeiro-ministro português entrou voluntariamente em isolamento e decidiu cancelar as visitas oficiais a São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, entre sexta-feira e domingo, após ter estado na quarta-feira com Macron.
A decisão foi transmitida à agência Lusa por fonte oficial do Governo, que adiantou que Costa fez hoje de manhã um teste ao novo coronavírus que já estava marcado há vários dias antes de partir para as visitas oficiais a São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Pelas mesmas razões, o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, anunciou também hoje, na rede social Twitter, que decidiu entrar voluntariamente em quarentena, pelo menos até receber o resultado do teste de diagnóstico, de forma a proteger todas as pessoas em seu redor.
Por seu lado, o chefe do Governo belga, Alexander de Croo, indicou, ainda hoje, que irá respeitar uma "quarentena preventiva" também até ter conhecimento dos resultados do teste que fará ainda hoje.
De Croo, além de presente na cimeira, esteve uma última vez com Macron na passada segunda-feira num ato em Paris por ocasião do 60.º aniversário da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Dos líderes europeus que estiveram ausentes no Conselho Europeu devido a questões relacionadas precisamente com a covid-19 figuram o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, cujos resultados deram positivo dias antes, e o homólogo da Estónia, Juri Ratas, que se encontrava então de quarentena.
Charles Michel e o secretário-geral da OCDE, o mexicano Ángel Gurría, entraram também voluntariamente em quarentena por precaução.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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