O erro no País de Gales foi atribuído a uma operação de manutenção do sistema informático e mostra um agravamento acentuado das infeções nos últimos dias, e que levou o governo autónomo a apertar as medidas de distanciamento social e a decretar um confinamento após o Natal.
Na quarta-feira tinham sido notificadas 612 mortes e 25.161 novos casos no total do Reino Unido.
Embora a mortalidade tenha estabilizado, registando uma média diária de 424 mortes nos últimos sete dias, o número de casos continua a acelerar, sendo a média diária da última semana de 20.993, mais 42% do que nos sete dias anteriores.
Numa reavaliação das restrições aplicadas localmente para combater a propagação do coronavírus, o ministro da Saúde, Matt Hancock, colocou mais oito regiões no nível mais elevado.
Isto significa que, a partir de sábado, um total de 38 milhões de pessoas, equivalente a 68% da população da Inglaterra, vão viver sob as restrições mais apertadas, que incluem o encerramento de bares e restaurantes e proibição de convívio entre agregados diferentes em espaços fechados.
"Não devemos subestimar o desafio das próximas semanas. O inverno também traz desafios adicionais: as taxas são mais altas do que no verão, a estação mais fria aumenta o risco de transmissão (as pessoas têm maior probabilidade de estar dentro de casa), o risco de outras doenças respiratórias é maior e as pressões no NHS [sistema nacional de saúde] são, portanto, inerentemente maiores", justificou o ministro.
Na Irlanda do Norte, alguns hospitais atingiram o máximo de capacidade e ambulâncias com pacientes têm de esperar várias horas por uma cama, noticiou a comunicação social local.
Desde o início da pandemia covid-19, o Reino Unido contabilizou oficialmente 66.052 mortes de covid-19 e 1.948.660 casos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.902 pessoas dos 362.616 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.