Deborah Birx foi recentemente criticada por ter realizado uma reunião familiar enquanto decorre a pandemia de covid-19, noticia a agência AFP.
Juntamente com Anthony Fauci, Deborah Birx procurou dar apoio científico à equipa de crise, e nos últimos meses desempenhou um papel de equilíbrio entre os apelos à precaução e uma administração, liderada por Donald Trump, que tentou minimizar a importância da pandemia.
"Irei sempre ajudar em qualquer função que as pessoas pensem que possa ser útil e, então, vou deixar o cargo", destacou Birx, ao órgão de comunicação Newsy.
A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, confirmou a saída da coordenadora, acrescentando que "o presidente Donald Trump tem grande respeito e apreciação pela médica", através de uma mensagem publicada na rede social Twitter.
Com 64 anos, ex-militar e especialista de renome mundial em VIH/Sida, Deborah Birx foi recentemente criticada por marcar presença numa reunião de família no final de novembro em Delaware, a seguir ao Dia de Ação de Graças, após ter pedido aos norte-americanos para se isolarem em casa para conter a pandemia de covid-19.
"Não visitamos ninguém e não recebemos ninguém em casa", tinha realçado Birx.
As críticas foram, no entanto, "muito difíceis" quer para a coordenadora, quer para a sua família.
Birx, juntamente com Fauci, foi uma das figuras respeitadas na luta contra a covid-19 nos EUA, participando regularmente nas conferências de imprensa organizadas na Casa Branca na primavera.
E defendeu o cumprimento de medidas de proteção, incluindo o uso de máscara, apesar do presidente Donald Trump realizar uma campanha eleitoral onde nem ele nem grande parte dos seus apoiantes utilizavam a máscara.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.718.209 mortos resultantes de mais de 77,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (322.849) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 18,2 milhões).