Num relatório hoje divulgado, o ECDC refere que as variantes do vírus podem constituir uma fonte de pressão adicional sobre os sistemas de saúde, causando maior de mortalidade devido à sua maior contagiosidade.
"A probabilidade de aumento da circulação de variantes de SARS-CoV-2, colocando maior pressão nos sistemas de saúde nas próximas semanas, é considerado alto", mesmo que sejam mantidas as atuais medidas de saúde pública, refere a ECDC.
Segundo o relatório do centro com sede em Estocolmo, a maior contagiosidade das variantes já detetadas poderá ter impacto num maior número de internamentos e de óbitos, particularmente em idosos e pessoas com comorbilidades.
Para identificar e avaliar o impacto destas variantes, o relatório defende que os países devem continuar a monitorar mudanças abruptas nas taxas de transmissão ou de gravidade da doença da covid-19.
"Os vírus mudam constantemente por meio de mutações e o surgimento de novas variantes é uma ocorrência esperada e não, por si só, motivo de preocupação. O SARS-CoV-2 não é exceção", assegura a ECDC, ao adiantar que, desde 26 de dezembro, mais de 3.000 casos desta nova variante, confirmados por sequenciamento do genoma, foram confirmados no Reino Unido.
O Instituto Ricardo Jorge conta ter nos próximos dias resultados da investigação que está a efetuar para determinar se a nova variante do SARS-Cov-2 detetada no Reino Unido está a circular em Portugal continental.
A variante genética do SARS-Cov-2 que está a preocupar as autoridades de saúde foi identificada no Reino Unido, em finais de setembro, e apresenta mutações com maior agressividade na capacidade de infeção.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.