"Quero encorajar todos a serem vacinados. É relativamente indolor. É muito rápido. É seguro", sublinhou Harris aos jornalistas, citada pela agência France-Presse (AFP), logo após ter sido inoculada.
A vice-presidente eleita escolheu ser vacinada no centro de saúde de um bairro cujos habitantes são maioritariamente afro-americanos, uma vez que este segmento da população está a ser particularmente afetado pela pandemia e é também um dos mais resistentes à vacinação, dá conta a AFP.
Os Estados Unidos da América (EUA) lançaram a maior campanha de vacinação da história do país em meados de dezembro. Harris seguiu o exemplo do Presidente eleito, o democrata Joe Biden, e do vice-presidente cessante, o republicano Mike Pence, que também foram vacinados em público para encorajar a população a fazer o mesmo.
Today I got the COVID-19 vaccine. I am incredibly grateful to our frontline health care workers, scientists, and researchers who made this moment possible. When you’re able to take the vaccine, get it. This is about saving lives. pic.twitter.com/T5G14LtFJs
— Kamala Harris (@KamalaHarris) December 29, 2020
Neste momento, o país já tem duas vacinas em circulação: a da farmacêutica Pfizer (em parceria com a BioNTech) e a da Moderna.
Contudo, já há outros fármacos, nomeadamente a da Johnson & Johnson, cujos ensaios clínicos já estão na fase final, que deem pedir dentro de poucos dias a aprovação de emergência da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla inglesa).
"Confio nos cientistas. E foram os cientistas que criaram e aprovaram esta vacina. Por isso, peço a todos: quando chegar a vossa vez, vacinem-se. Trata-se de salvarem a vossa própria vida, a vida dos vossos familiares", acrescentou Kamala Harris.
Cerca de 2,1 milhões de pessoas já receberam a primeira injeção de uma das duas vacinas que estão em circulação, de acordo com dados divulgados hoje pelos Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa).
Este número, no entanto, está bastante longe da meta traçada pelo Presidente cessante dos EUA, o republicano Donald Trump, que prometeu que haveria 20 milhões de norte-americanos vacinados até ao final do ano.
"Estamos abaixo do patamar em que gostaríamos de estar", vincou o conceituado epidemiologista norte-americano Anthony Fauci, uma da figuras proeminentes do combate à pandemia nos Estados Unidos, que disse também esperar que a partir de janeiro seja possível colmatar este atraso.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (334.967) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 19,3 milhões).