"Agradeço ao povo por ter sempre confiado no nosso partido e por o ter apoiado, mesmo nos momentos difíceis", afirmou Kim Jong Un, no que foi interpretado como uma referência às dificuldades económicas causadas pelas sanções internacionais e pelas restrições para conter a pandemia.
A mensagem foi divulgada após uma cerimónia marcada por fogo-de-artifício, danças e cânticos, na praça Kim Il Sung, em Pyongyang, para assinalar a entrada em 2021.
A cerimónia foi organizada apesar da pandemia de covid-19, com a Coreia do Norte a afirmar que não registou qualquer caso da doença no seu território.
Kim dirige-se habitualmente aos norte-coreanos no dia 01 de janeiro, numa mensagem transmitida pela televisão em que antecipa a política que será seguida ao longo no ano.
No ano passado, essa tradição foi interrompida e o líder norte-coreano optou por falar em 31 de dezembro, numa sessão plenária do Partido dos Trabalhadores (no poder).
Este ano, muitos observadores diziam não esperar que a tradição fosse retomada, a alguns dias da abertura de um congresso partidário, o primeiro em cinco anos.
Os 'media' oficiais anunciaram que o congresso teria lugar no início de janeiro, sem adiantar uma data precisa.
"Desejo sinceramente a todas as famílias do país as maiores felicidades e boa saúde", declarou Kim, na carta divulgada pela agência noticiosa oficial KCNA.
"Neste novo ano, também me esforçarei para fazer avançar a nova era em que os ideais e desejos de nosso povo se tornarão realidade", prometeu.
Segundo os 'media' sul-coreanos, foi a primeira vez desde 1995 que um líder da Coreia do Norte se dirigiu por carta à população por ocasião do Ano Novo. A última carta tinha sido escrita por Kim Jong Il, pai e antecessor do atual líder.