Condenado a três anos de prisão na Argélia por piadas antirregime
Um jovem apoiante do movimento argelino de protesto antirregime 'Hirak' foi condenado hoje a três anos de prisão efetiva por publicar na Internet mensagens que troçavam do presidente da Argélia e da religião muçulmana, segundo uma organização não-governamental.
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Mundo Argélia
"<span class="nanospell-typo">Walid Kechida infelizmente foi condenado a três anos de prisão efetiva e a pagar uma multa. É muito grave, pois hoje esperávamos pela sua libertação ou mesmo pela sua absolvição", disse à agência de notícias AFP Kaci Tansaout, coordenador do Comité Nacional para a Libertação de Prisioneiros (CNLD), associação que ajuda presos de consciência na Argélia.
"Agora devemos mobilizar-nos ao lado dos advogados no processo de recurso", acrescentou Tansaout.
Esta pesada sentença foi confirmada por um dos advogados, Moumen Chadi.
O Ministério Público de Sétif (nordeste) havia pedido cinco anos de prisão para Walid Kechida, de 25 anos, acusado de "insultar o Presidente (argelino, Abdelmadjid Tebboue)", "os preceitos do Islão" e de ultraje às instituições, segundo o Comité Nacional para a Libertação de Prisioneiros (CNLD), uma associação que ajuda prisioneiros de consciência na Argélia.
O ativista, conhecido entre os jovens de Sétif, está em prisão preventiva há mais de oito meses por ter publicado nas redes sociais mensagens e imagens humorísticas sobre as autoridades e a religião.
Muitos ativistas do "Hirak" foram presos, julgados e condenados na Argélia num clima de repressão contra opositores, 'bloguers' e medias independentes.
De acordo com o CNLD, prisões e detenções visando ativistas antirregime são uma ocorrência diária, apesar da interrupção das manifestações semanais do "Hirak" desde meados de março devido à pandemia da covid-19.
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