Pelosi adiantou ter tomado a decisão na quarta-feira, em conjunto com o Pentágono, o Departamento de Justiça e o vice-presidente, Mike Pence, que presidirá à sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA. Cadeias de televisão como a FOX e a CNN adiantam que Pelosi poderá retomar os trabalhos ainda esta noite.
A presidente da Câmara dos Representantes frisou que o dia faria sempre "parte da história", mas agora "como uma imagem tão vergonhosa do país divulgada pelo mundo", acrescentou.
Trump, o Presidente cessante dos EUA, encorajou os seus apoiantes a deslocarem-se a Washington para contestar a aprovação formal pelo Congresso da vitória do Presidente eleito, o democrata Joe Biden.
Donald Trump, durante um comício em frente à Casa Branca, na quarta-feira, instou os seus apoiantes a marcharem até ao Capitólio, dizendo-lhes: "livrem-se dos fracos do Congresso" e "este é o momento de força".
Os apoiantes de Trump invadiram o edifício do Capitólio e obrigaram a suspender a contagem dos votos do Colégio Eleitoral no Congresso.
Trump disse repetidamente aos seus apoiantes que as eleições de novembro foram uma fraude, apesar de isso não ser verdade.
A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington D.C. decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).
A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e pelo menos uma mulher morreu no interior do Capitólio depois de ter sido baleada, segundo fontes citadas pela Associated Press. A polícia está a investigar o incidente, mas não adiantou as circunstâncias do disparo.
Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.