"A previsão é de que comecemos a campanha de imunização provavelmente a partir de maio de 201", anunciou hoje Odete da Silva Viegas, coordenadora-geral da Comissão Covid-19 do Ministério da Saúde.
A mesma responsável explicou que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que "a vacina mais apropriada para Timor-Leste é a da AstraZeneca", dado que pode ser preservada em frigoríficos, entre 2 e 8 graus centígrados.
"O plano prevê que a vacina abranja inicialmente 20% da população, incluindo funcionários de saúde e da linha da frente, grupos de risco e grupos vulneráveis", notou.
Considerando a vacinação um dos "meios importantes para prevenção da covid-19" e um método "seguro e eficaz" contra a doença, Odete Viegas disse que apesar de Timor-Leste não ter registado tantos casos como outros países, é crucial avançar com a vacinação.
"Timor-Leste tem direito de acesso à vacina no mercado internacional", referiu.
Produzida na cidade de Melbourne, na Austrália, entre outros países, a vacina da AstraZeneca deverá ser a mais utilizada para vacinar a população australiana, segundo anunciou esta semana o principal responsável médico do país, Paul Kelly.
Na mesma ocasião, Odete Viegas confirmou a recuperação de mais três dos oito pacientes que estavam infetados com covid-19 em Timor-Leste, pelo que o país tem atualmente cinco casos ativos.
"Os três pacientes recuperaram e regressaram às suas famílias, mas terão que continuar a implementar medidas preventivas", referiu.
Desde o início da pandemia, Timor-Leste registou 49 casos positivos de covid-19, estando atualmente 284 pessoas ainda à espera de conhecer resultados a testes realizados.
Em todo o país há atualmente 111 pessoas em quarentena e 79 em auto-isolamento em hotéis ou casas privadas pré-aprovadas pelo Ministério da Saúde.
Além de Díli, há pessoas em quarentena em Bobonaro (22), em Covalima (cinco) e no enclave de Oecusse-Ambeno (35), região que continua até pelo menos ao dia 18 sob cerca sanitária.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.