O primeiro-ministro britânico anunciou, esta quarta-feira, que a vacinação contra a Covid-19 deverá passar a ser feita 24 horas por dia, sete dias por semana. A medida representa uma mudança de ideias por parte do governo pois, no início da semana, Boris Johnson dizia que tal não se justificava por "não haver interesse".
O plano acabou por ser repensado, conta o Independent, depois de os ministros terem sido pressionados para aumentarem as taxas de vacinação.
Para já, ainda não há datas ou locais definidos para que a medida seja posta em prática.
Questionado durante o debate semanal na Câmara dos Comuns sobre mais pormenores sobre os centros de saúde 24 horas por dia, Boris Johnson respondeu que "vamos estar a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, assim que pudermos". Remetendo mais detalhes para o ministro da Saúde, Matt Hancock, referiu ainda que, no entanto, "atualmente existe um limite no abastecimento".
O pedido começou por ser feito pelo líder do Partido Trabalhista durante uma sessão de questões ao primeiro-ministro na Casa dos Comuns. Keir Starmer referiu que após uma visita feita ao centro de vacinação, em Newham, percebeu que era preciso fazer mais. "Tinham uma mensagem simples para mim: Se tivessem mais vacinas, poderiam e fariam mais", disse durante a sessão.
De acordo com os dados mais recentes, mais de 2,4 milhões de pessoas foram vacinadas até agora no Reino Unido, de quatro grupos prioritários: residentes e funcionários de residências sénior, pessoas com mais de 80 anos, profissionais de saúde da linha de frente, pessoas com mais de 70 anos e indivíduos muito vulneráveis clinicamente.
Também hoje o Reino Unido anunciou estar a ponderar transferir pacientes de hospitais para hotéis devido à pressão sentida com o número elevado de internamentos por Covid-19. O país já tem o surto de coronavírus mais mortal da Europa com mais de 83 mil mortes e com o número de internamentos por Covid-19 a aumentar de dia para dia.
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