Irão testa mísseis sob aparente vigilância de submarino nuclear dos EUA
O Irão disparou hoje mísseis de cruzeiro no decurso de manobras navais no Golfo de Omã, referiram os 'media' estatais, e sob a aparente vigilância de um submarino nuclear dos EUA enviado para a região.
© Lusa
Mundo Irão
Imagens de helicóptero do exercício fornecidas pela Marinha iraniana revelaram o que parece ser o USS Geórgia, um submarino da classe Ohio equipado com mísseis e que a marinha norte-americana referiu ter sido enviado em dezembro para o Golfo Pérsico, num raro anúncio destinado a reafirmar o poder militar dos EUA na região e quando prevalecem as tensões entre os dois países.
A Marinha iraniana não identificou o submarino, mas avisou a embarcação para se manter afastada da área, onde mísseis estão a ser lançados através de unidades terrestres e navios no Golfo e na parte norte do oceano Índico, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).
Ao ser questionada sobre a presença deste submarino, a comandante Rebecca Rebarich, porta-voz da 5.ª frota dos EUA baseada no Bahrein, disse que "não falamos sobre as operações de submarinos".
No final da tarde de hoje, os 'media' estatais iranianos indicaram que um navio "estrangeiro" tentou "aproximar-se das manobras navais" e partiu de seguida após um aviso da Marinha iraniana, sem fornecerem mais detalhes.
Estas manobras de dois dias iniciaram-se na quarta-feira com a participação dos principais navios da Marinha iraniana, e são os últimos exercícios militares durante a fase final da administração do Presidente dos EUA Donald Trump.
No fim de semana, a Guarda Revolucionária paramilitar iraniana efetuou uma parada militar no Golfo Pérsico pouco após ter apresado um petroleiro de bandeira sul-coreana no Estreito de Ormuz.
A televisão estatal iraniana difundiu imagens do lançamento dos mísseis, mas não indicou o seu alcance ou outros detalhes. Em julho, o Irão testou mísseis de cruzeiro com um alcance de 280 quilómetros.
"Os inimigos devem saber que qualquer violação e invasão das zonas costeiras do Irão será repelido pelos mísseis de cruzeiros lançados por navios e a partir da costa", disse o almirante Hamzeh Ali Kaviani, porta-voz dos exercício naval que hoje decorreu.
As tensões têm-se agravado e quando o Irão pressiona o ocidente sobre a campanha de sanções da administração Trump contra a República Islâmica.
Em 2018, Trump retirou-se unilateralmente do acordo nuclear com o Irão, pelo qual Teerão se comprometeu em limitar o seu enriquecimento de urânio em troca do levantamento das sanções económicas. Trump citou o programa balístico do Irão, entre outros temas, para justificar a decisão.
Na sequência da reimposição de sanções norte-americanas sem precedentes ao Irão, Teerão abandonou gradualmente os limites do acordo sobre o seu desenvolvimento nuclear e enquanto uma série de incidentes em escalada no início de 2020 colocaram os dois países à beira de uma guerra.
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