Num curto vídeo de apresentação da iniciativa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, realçou que o movimento Novo Bauhaus Europeu "encaixa perfeitamente" na visão de uma Europa que olha para o futuro com "esperança e determinação".
"O Novo Bauhaus Europeu é sobre a maneira como queremos viver juntos depois da pandemia, ao mesmo que respeitamos o planeta e protegemos o ambiente. Trata-se de tornar a vida acessível e juntar as gerações. Trata-se de fortalecer aqueles que têm soluções para a crise climática. É sobre juntar a sustentabilidade ao sistema. É sobre todos nós", referiu Von der Leyen.
A primeira fase, que tem início hoje e que durará até ao verão, foi intitulada pelo executivo comunitário de fase de 'design' e procura moldar o conceito do movimento ao "perceber o que já existe", e ver "como e onde o novo Bauhaus Europeu pode acelerar, concretizar e materializar novas ideias", refere a Comissão em comunicado.
Durante esta fase, serão selecionados até ao verão pelo menos cinco projetos em diferentes Estados-membros da UE, que mostrem onde "o novo conceito do Bauhaus pode ser materializado", e que ambicionam ser interdisciplinares.
À fase inicial de design, suceder-se-ão as fases de concretização, em que os projetos escolhidos durante o 'design' começarão a ser desenvolvidos e de "disseminação", que procurará "difundir as novas ideias e conceitos numa audiência mais vasta, não só na Europa, mas também além dela".
Em conferência de imprensa de apresentação do projeto, a comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, refere que o novo projeto procura incluir a "arte e a cultura" numa "revisitação da maneira como construímos os espaços onde vivemos".
"[O Novo Bauhaus europeu] oferece-nos a ocasião única de voltarmos a pôr a cultura e a criatividade no centro do projeto europeu e utilizarmos a sua força transformadora", sublinhou Mariya Gabriel.
Também Elisa Ferreira, comissária para a Coesão e Reformas, sublinhou que o Novo Bauhaus Europeu procura mostrar que "o 'design' é importante" e envolver "os mestres do 'design', para que moldem o como, o onde e a maneira como vivemos".
"Como durante o movimento Bauhaus original, que propunha espaços públicos e alojamentos acessíveis, mas também funcionais, estéticos e agradáveis, hoje, mais do que nunca, outro elemento importante é a sustentabilidade. O Novo Bauhaus Europeu procura por isso fazer com que estes princípios se aproximem dos cidadãos e se tornem parte da nossa vida quotidiana", salientou Elisa Ferreira.
A iniciativa que arranca oficialmente hoje recebeu o nome "Bauhaus" em referência ao movimento alemão de design e arquitetura, nascido a partir da escola fundada em 1919 pelo arquiteto Walter Gropius, que operou uma revolução modernista na estética da época.
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