Duas pessoas foram atingidas por paredes de habitações que desabaram no bairro da Munhava, enquanto um segurança foi atingido por material ferroviário arremessado pelo vento, explicaram no local.
O levantamento dos prejuízos causados ainda não está concluído pelas autoridades, uma tarefa dificultada pelos cortes de eletricidade e telecomunicações em muitos locais da cidade e arredores.
As empresas fornecedoras dos serviços têm equipas no terreno para repor as ligações, de acordo com os avisos que têm emitido.
Uma reunião de um comité de proteção civil está agendada para a tarde hoje, referiu fonte oficial à Lusa.
Muitas partes da cidade estão inundadas e a chuva continua, embora mais fraca.
As valas de drenagem instaladas ao longo da cidade, edificada abaixo do nível das águas do mar, estão a transbordar, e a zona costeira enfrenta ondulação agressiva que entra vários metros pela terra adentro.
Em bairros visitados pela Lusa, os residentes circulam com água pela cintura para perceber os estragos causados nas habitações precárias, depois de terem passado a noite em centros de abrigo criados em escolas.
Os estragos são imensos: há destroços de diversos materiais pelas ruas, por causa dos telhados que foram arrancados, árvores, postes e estruturas de maior dimensão que tombaram.
Depois de entrar em terra junto à cidade de Beira, oriundo do Canal de Moçambique, no oceano Índico, o ciclone Chalane perdeu intensidade e regrediu para o grau de tempestade moderada, mas arrasta precipitação muito intensa, avançando em direção ao sul do Zimbábue.
Prevê-se que a depressão condicione o estado do tempo durante o fim-de-semana, provocando forte precipitação no sul do país lusófono, incluindo a capital, Maputo.
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