A Presidência da República francesa divulgou hoje um comunicado no seguimento de uma conversa telefónica entre o Presidente Emmanuel Macron e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden.
Na primeira conversa telefónica desde a posse de Joe Biden, os dois chefes de Estado também notaram "a sua vontade de agir em conjunto pela paz no Próximo e Médio Oriente, especialmente sobre o dossier nuclear iraniano", disse a Presidência na declaração.
A "conversa amigável e de trabalho" foi em inglês durante uma hora, disse a assessoria do Presidente francês.
A Casa Branca, também sobre o contacto telefónico, disse que Joe Biden afirmou a Emmanuel Macron o desejo de "reforçar os laços bilaterais" com a França, "o aliado mais antigo", mas também "a relação transatlântica", através da NATO e da parceria dos Estado Unidos com a União Europeia.
Emmanuel Macron tinha saudado na quarta-feira, dia da posse de Joe Biden, a decisão de Washington de regressar ao acordo de Paris sobre o clima, e à Organização Mundial da Saúde (OMS), assinalando o seu regresso às instituições multilaterais após quatro anos de unilateralismo da presidência de Donald Trump.
Os dois dirigentes concordaram com a necessidade de se coordenarem em "desafios comuns como as alterações climáticas, covid-19 e a recuperação da economia global", de acordo com a declaração da Casa Branca.
"Concordaram também em trabalhar em conjunto nas prioridades partilhadas da política externa, incluindo a China, o Médio Oriente, a Rússia e o Sahel", acrescentou.
Sobre todos estes assuntos, os dois presidentes "concordaram em permanecer em contacto muito próximo nas próximas semanas", de acordo com o Eliseu, ainda que nenhuma reunião física possa ser agendada de momento por causa da pandemia de covid-19.
Macron e Biden reuniram-se pela primeira vez em 10 de novembro, após a eleição do Presidente dos Estados Unidos, mas nunca se tinham encontrado quando Joe Biden foi vice-presidente de Barack Obama, entre 2009 e 2017. Emmanuel Macron chegou ao poder em 2017.
Desde que tomou posse, o Presidente norte-americano já falou com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.