No primeiro dia completo de trabalho como secretário de Estado, Blinken reconheceu que o seu Governo tem "um longo e difícil caminho pela frente", mas prometeu refazer pontes com aliados e recuperar o prestígio internacional perdido pelos Estados Unidos.
"Guiaremos o mundo pela força do nosso exemplo", explicou Blinken, assegurando que irá privilegiar a "diplomacia com os aliados e parceiros, enfrentar os grandes desafios do nosso tempo, como a pandemia, as mudanças climáticas, a crise económica, as ameaças à democracia, as lutas pela justiça racial".
"O mundo está a olhar para nós. (...) O mundo quer saber se podemos curar as nossas feridas como nação", disse Blinken, no dia seguinte à confirmação da sua nomeação pelo Senado dos EUA, referindo-se aos danos de imagem provocados pelo ataque ao Capitólio por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump, em 06 de janeiro.
Antony Blinken, 58 anos, é há muito um confidente do Presidente Joe Biden e, perante uma pequena audiência no seu gabinete, reafirmou a promessa de trabalhar para recuperar a posição internacional dos Estados Unidos.
"A liderança da América é necessária em todo o mundo. E nós vamos assegurá-la, porque é muito mais provável que o mundo resolva problemas e enfrente desafios quando os Estados Unidos estão presentes", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.
"Nunca passámos por um período como este. O Presidente está determinado a sair dele, o mais rápido possível", insistiu Blinken.
Numa crítica velada aos seus antecessores republicanos Rex Tillerson e Mike Pompeo - acusados de muitas vezes desprezarem ou até abandonarem diplomatas de carreira quando ameaçados ou atacados - Antony Blinken prometeu defender a sua equipa no Departamento de Estado, prestando uma homenagem ao profissionalismo dos diplomatas.
"Um dos grandes atributos do nosso serviço público no estrangeiro ao longo da História tem sido o seu não partidarismo", comentou Blinken.
O secretário de Estado repetiu que o Governo do Presidente Biden está interessado em trazer o Irão de volta ao cumprimento do acordo nuclear de 2015, do qual Trump retirou os Estados Unidos unilateralmente em 2018, e comprometeu-se a colaborar de perto com os aliados, para vencer os desafios dos próximos anos.