"As chuvas torrenciais continuam a registar-se em várias zonas dos países afetados, que terão de ser monitorizadas, uma vez que vários rios já excedem os níveis de alerta e o solo está alagado em áreas-chave, aumentando o risco de inundações", lê-se num comunicado emitido pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.
Entre o número total de mortos, pelo menos 12foram registados em Moçambique, três no Zimbabué, quatro em Essuatíni (antiga Suazilândia), dois na África do Sul e um em Madagáscar, segundo os mais recentes dados oficiais.
Um total de 314.369 pessoas foi afetadopela tempestade em Moçambique, sendo este o país mais atingido e onde aEloise entrou em terra em 23 de janeiro, a partir do oceano Índico.
À medida que passava por Moçambique, a tempestade atingiu brevemente a categoria de ciclone - com ventos de até 139 quilómetros por hora -- enfraquecendo horas depois no interior do continente africano.
Pelo menos 20.012 moçambicanos estão ainda refugiados em 31 centros de acolhimento temporário e 29.310 casas ficaram destruídas, danificadas ou inundadas, principalmente na província de Sofala (centro), cuja capital, a cidade da Beira, foi destruída em cerca de 90% pelo ciclone Idai em março de 2019, segundo avaliações da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
As autoridades temiam especialmente a chegada daEloise a Moçambique, devido aos seus potenciais efeitos devastadores na mesma área do país arrasada pelo Idai, que causou pelo menos 600 mortos e deixou quase dois milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária.
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