EUA negam que contratorpedeiro tenha sido expulso no Mar da China
Os Estados Unidos recusaram a versão chinesa sobre um incidente que terá envolvido na sexta-feira no Mar do Sul China o seu contratorpedeiro USS John S. McCain, que as forças chinesas dizem ter expulso.
© Reuters
Mundo Navio
Depois de o Exército de Libertação do Povo chinês ter reclamado a expulsão do ´destroyer´ norte-americano no arquipélago das Paracel - reclamado por diversos países da região - a Marinha norte-americana disse que o navio "jamais foi perseguido para fora do território de um outro país".
"O contratorpedeiro americano efetuou esta operação de liberdade de navegação de acordo com as leis internacionais e de seguida prosseguiu as suas operações normais em águas internacionais", referiu o porta-voz da Frota do Pacífico norte-americana, Tenente James Adams.
O USS John S. McCain, baseado no Japão, navegou para o Estreito de Taiwan na quinta-feira, a primeira vez durante a Administração do novo presidente dos EUA, Joe Biden, que um navio de guerra norte-americano entrou nas disputadas águas territoriais.
Criticada pelas autoridades chinesas, a missão foi descrita pelas forças norte-americanas como de apoio à liberdade de circulação na região, designada por "um Indo-Pacífico livre e aberto".
Enquanto para os Estados Unidos a navegação na zona é livre por se tratarem de águas internacionais, a China considera a passagem não autorizada de navios estrangeiros como um atentado à sua soberania.
A China reclama a soberania da quase totalidade das ilhas do Mar do Sul da China, e queixa-se com regularidade de operações na zona pelos Estados Unidos, que têm bases navais em vários pontos da região.
De acordo com as forças armadas chinesas, o incidente de hoje deu-se quando o navio de guerra norte-americano "se introduziu sem autorização nas águas territoriais das ilhas Xisha", ou Paracel, pequeno arquipélago de ilhéus e recifes de coral, situado entre a ilha chinesa de Hainan, o Vietname e as Filipinas.
"As forças navais e aéreas seguiram de perto a situação e deram ordem (ao navio norte-americano) para abandonar a zona", refere o comunicado do Exército de Libertação do Povo, que criticou os Estados Unidos por "violarem gravemente a soberania da China" e "porem em causa a paz regional".
Ponto de passagem de algumas das principais rotas comerciais entre a Ásia e o resto do mundo, as águas do Mar do Sul da China são disputadas por países como as Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Singapura e Vietname.
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