"O Tirol é atualmente a região da União Europeia onde esta variante mais se propagou", declarou o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, durante uma conferência de imprensa, convocada após vários dias de debate acalorado face à recusa das autoridades locais de tomarem medidas mais restritivas.
Já foram confirmados 293 casos e 129 estão a ser analisados, precisou o chefe do governo.
Com exceção da parte oriental do Tirol, a partir de hoje e durante 10 dias os maiores de 18 anos devem apresentar um teste de covid-19 negativo com menos de 48 horas para poderem sair da região. Quem não cumprir pode pagar uma multa de até 1.450 euros.
"Devemos fazer tudo para impedir a propagação da variante ou pelo menos retardá-la", justificou o chanceler, evocando um "enorme desafio", quando são levantadas questões sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca no caso daquela variante.
Por outro lado, Kurz defendeu o governo do Tirol, do seu partido, face às críticas.
"Ninguém é culpado por haver mutações", disse, lamentando "um debate talvez demasiado emocional em alguns momentos".
Antes desta polémica, o Tirol já era apontado devido ao afluxo de esquiadores estrangeiros às suas pistas, que se mantiveram abertas apesar do confinamento, mas que deveriam estar reservadas aos locais.
Ao contrário da França e da Alemanha, a Áustria reabriu os teleféricos após o Natal, considerando que os desportos ao ar livre representam um menor risco de transmissão do vírus.
Após várias semanas de restrições, as lojas, museus e escolas reabriram na segunda-feira na Áustria, embora o número de casos diários continue alto (pouco mais de mil).
País da Europa central com 8,9 milhões de habitantes, a Áustria conta com um pouco mais de 8.000 mortes ligadas à covid-19 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,3 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France-Presse.