Tribunal do Benim rejeita oito candidaturas da oposição às presidenciais
O Tribunal Constitucional do Benim anunciou hoje que excluiu definitivamente a possibilidade de oito elementos da oposição se candidatarem às eleições presidenciais de abril, depois dos seus pedidos já terem sido rejeitados pela comissão eleitoral.
© Reuters
Mundo Benim
O pequeno país da África Ocidental, há muito considerado como um modelo de democracia, mas que tomou recentemente um rumo autoritário, prepara-se para realizar em 11 de abril eleições presidenciais, nas quais grandes figuras da oposição não participarão.
Alguns estão no exílio ou condenados à inelegibilidade. Outros viram as suas candidaturas serem rejeitadas pela comissão eleitoral porque não têm apoiantes suficientes.
A nova lei eleitoral exige que um candidato às eleições presidenciais seja apoiado por pelo menos 16 deputados ou presidentes de câmara. No entanto, apenas seis destes 159 membros eleitos pertencem a um partido da oposição.
Oito dos membros da oposição, cujos pedidos de candidatura foram recusados pela Comissão Eleitoral tinham interposto recursos da decisão junto do Tribunal Constitucional, mas o Tribunal rejeitou hoje todos eles, de acordo com as decisões publicadas no site oficial do Tribunal.
Entre estes oito membros da oposição, Rekiath Madougou, candidato do Partido Democrata, cujo presidente honorário é o ex-Presidente Thomas Boni Yayi, disse existir "fraude no topo do Estado".
Segundo aquele membro da oposição, a sua candidatura teve 21 apoiantes, mas acusa os partidos destes representantes eleitos, encarregados de submeter a lista de apoiantes à comissão, de não a terem transmitido.
O Deputado Ahmed Affo Tidjani, do Partido da União Progressista (maioria presidencial), disse à imprensa que queria dar o seu apoio a Madougou, mas foi impedido de o fazer pelo seu partido.
A tensão em torno das eleições parece ter aumentado ainda mais depois de três líderes do Partido Democrático terem sido convocados pelo Tribunal por suspeitas de ilegalidades económicas e terrorismo.
Estes três líderes foram acusados de terem recebido dinheiro para "recrutar jovens para sabotarem o processo eleitoral", segundo o seu partido, que disse existir "uma conspiração".
Neste contexto, em 11 de abril, os 5,5 milhões de eleitores do Benim poderão optar entre três candidatos: o Presidente cessante Patrice Talon, e dois adversários, praticamente desconhecidos do público em geral.
Os dois adversários são o antigo ministro Alassane Soumanou, do partido da oposição Força Cauris para um Benim Emergente (FCBE) e um dissidente entre os opositores, Corentin Kohoué.
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