Chade:Opositor sai da corrida eleitoral e acusa Presidente de intimidação
O principal opositor no Chade, Saleh Kebzabo, anunciou hoje que vai retirar a sua candidatura às presidenciais de 11 de abril, acusando o Presidente cessante, Idriss Déby Itno, de intimidar os seus rivais com o uso da força.
© Getty Imagens
Mundo Presidenciais
Saleh Kebzabo, quatro vezes candidato contra Idriss Déby Itno, anunciou a sua decisão na sequência de uma tentativa de detenção em N'Djamena de um outro candidato declarado, que resultou na morte de pelo menos duas pessoas em sua casa.
Condenando em comunicado "o ataque militar à casa de Yaya Dillo Djerou", o deputado da oposição denunciou "o clima de insegurança que certamente manchará a campanha eleitoral para os candidatos que vão enfrentar o do Movimento Patriótico de Salvação (MPS)", o partido de Déby, que governa o Chade com mão de ferro há mais de 30 anos.
Como resultado, o partido de Kebzabo, a União Nacional para a Democracia e Renovação (UNDR), "decidiu retirar-se pura e simplesmente do processo eleitoral para não servir de caução para a farsa que está a ser preparada em larga escala", conclui o comunicado.
Kebzabo, que foi o segundo mais votado na última eleição presidencial, em 2016, com 12,8% dos votos, anunciou em 12 de fevereiro a sua candidatura às eleições de abril.
Idriss Déby Itno tomou o poder em 1990 depois de um golpe de Estado. Kebzabo, um antigo jornalista que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 1996, apoiou o chefe de Estado na segunda volta, antes de entrar no seu Governo. Permaneceu a assegurar as suas pastas até entrar em rutura com o presidente, em 1999, que enfrentou sem sucesso nas eleições presidenciais de 2001, 2006 e 2016.
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