"Há uma determinação nos países da União Europeia de que a vacinação seja voluntária. Mas se (chamado) passaporte da vacinação for implementado, isso vai contrariar o princípio da voluntariedade", afirmou, em conferência de imprensa.
O chefe da diplomacia russa expressou confiança de que esta decisão vai ser tomada "tendo em consideração a opinião dos países membros e não através de imposições".
"O fato voluntário da vacinação é muito importante. Veremos em que fica tudo isto", apontou, recordando que um documento desse tipo pode afetar a mobilidade dos europeus, algo de grande importância dentro da UE.
O ministro russo evitou prever como a criação deste documento afetaria os cidadãos russos e destacou que "é preciso esperar pelo desenlace definitivo do assunto".
"Informamos aos nossos colegas da União Europeia que esperamos que as decisões a ser tomadas não discriminem os cidadãos russos", acrescentou.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, anunciou na segunda-feira que o documento vai ser apresentado em 17 de março e que vai incluir informações como se o cidadão já foi vacinado, os resultados dos diferentes testes ou se já foi considerado curado da covid-19.
Hoje, no dia seguinte ao anúncio, a Federação Nacional das Associações de Transportes de Espanha argumentou excluir os profissionais do setor do transporte rodoviário da obrigação de comprovar o certificado de vacinação para se deslocarem no continente.
Através de comunicado, a entidadegarante que, dado o baixo ritmo de vacinação dentro da UE e a não-inclusão dos motoristas no grupo prioritário para a vacinação, a sua "atividade essencial" poderia ser limitada.
Na Rússia, foi também debatida a possibilidade de implementar "passaportes covid-19", algo que foi recusado por personalidades e políticos, entre os quais se destaca a presidente do Senado russo, Valentina Matviyenko.
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