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Opositor no Benim detido por "associação criminosa e terrorismo"

O responsável do partido da oposição do Benim Os Democratas Bio Dramane Tidjani e um dos seus colaboradores foram presos depois de terem sido acusados de "associação criminosa e terrorismo", noticia hoje a agência France-Presse (AFP).

Opositor no Benim detido por "associação criminosa e terrorismo"
Notícias ao Minuto

23:58 - 02/03/21 por Lusa

Mundo Benim

De acordo com a AFP, Renaud Agbodjo, conselheiro do responsável político, afirmou que Dramane Tidjani e o seu colaborador Mamadou Tidjani "foram colocados sob um mandado de captura" na terça-feira".

Um outro opositor, Sébastien Ajavon, exilado em França e condenado em 2018 a 20 anos de prisão por tráfico de droga, foi também condenado à revelia na segunda-feira a outros cinco anos de prisão por "falsificação e burla", de acordo com documentos hoje consultados pela agência noticiosa francesa.

Sob custódia policial desde 22 de fevereiro, dos dois opositores foram presentes ao procurador especial do tribunal para a repressão de crimes económicos e do terrorismo (Criet) na manhã de segunda-feira, que os acusou de "associação criminosa e terrorismo", apontou uma fonte judicial sob anonimato.

Na semana passada, outros dois líderes do mesmo partido, os deputados Noureini Atchadé e Justin Adjovi, tinham sido convocados para este tribunal, tendo sido libertados após terem sido ouvidos.

A líder do partido, Rekiath Madougou, considerou que "Bio Dramane Tidjani e Mamadou Tidjani são reféns políticos".

A candidatura de Madougou às eleições presidenciais de 11 de abril foi rejeitada recentemente pela comissão eleitoral do Benim por não recolher o apoio de 16 deputados -- uma condição necessária para a validação das candidaturas.

A líder partidária, próxima do antigo Presidente Boni Yayi, recorreu à rede social Facebook para criticar "complôs contra os ativistas da liberdade".

O advogado de Ajavon, Marc Benshimon, considerou que a "nova sentença vai ao encontro do desejo do Presidente", Patrice Talon, de "amordaçar o seu adversário direto" e assim o impedir de se apresentar nas próximas eleições presidenciais.

Neste contexto, e após a rejeição de oito candidaturas pelas autoridades do país, em 11 de abril, os 5,5 milhões de eleitores do Benim poderão optar entre três candidatos: o Presidente cessante Patrice Talon, e dois adversários, praticamente desconhecidos do público em geral.

Os dois adversários são o antigo ministro Alassane Soumanou, do partido da oposição Força Cauris para um Benim Emergente (FCBE) e um dissidente entre os opositores, Corentin Kohoué.

Leia Também: França pede ao Chade investigação "imparcial" a detenção de opositor

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