A agência que garante a segurança do Capitólio disse estar preparada para "todas as ameaças", depois de ter recebido "informações que revelam um possível plano de uma milícia, já identificada, para forçar a entrada no Capitólio, em 04 de março".
Membros do movimento de conspiração de extrema-direita QAnon acreditam que nesse dia Donald Trump será investido como Presidente dos EUA, para um segundo mandato.
Esta informação surge no dia em que o chefe interino da polícia do Capitólio, Yogananda Pittman, revelou que houve um amento de mais de 93% do número de ameaças recebidas por membros do Congresso, nos dois primeiros meses deste ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado.
Pittman, que falou perante um subcomité da Câmara de Representantes, disse que a maioria dos suspeitos de estarem por detrás dessas ameaças vive fora da capital dos Estados Unidos.
Em comunicado, a polícia do Capitólio garantiu que as suas forças estão preparadas para qualquer tipo de ameaça, nomeadamente o aviso da possibilidade de uma nova tentativa de invasão da sede do Congresso por membros do movimento QAnon, que querem replicar o ataque de 06 de janeiro, quando uma multidão entrou no edifício, provocando distúrbios e causando cinco mortes.
"Obtivemos a informação de uma possível conspiração para violar o Capitólio por um grupo de milícia, identificado", explica o comunicado, referindo-se à ação marcada para quinta-feira.
Esta informação contrasta com um comunicado enviado aos membros do Congresso pelo sargento de armas da Câmara de Representantes, esta semana, que dizia que não havia "nenhuma indicação de que grupos estariam a viajar para Washington D.C, para protestar ou cometer atos de violência".
As autoridades temem agora que o movimento de conspiração QAnon queira realizar uma ação criminosa, no dia em que acreditam que Donald Trump será investido para um segundo mandato como Presidente dos EUA, de acordo com as suas teorias conspirativas.
A polícia do Capitólio reforçou a segurança em torno do edifício, desde a insurreição de janeiro, aumentando as medidas de controlo de entradas e colocando arame farpado em torno da sede do Congresso.
O comunicado da polícia diz que está a levar a informação "muito a sério", mas não forneceu mais pormenores sobre a ameaça, que parece estar ligada aos movimentos de conspiração da extrema-direita.
A ação destes movimentos ficou mais dificultada, desde a invasão do Capitólio em 06 de janeiro, depois de a rede social Twitter ter fechado mais de 70.000 contas ligadas a pessoas com conexão aos incidentes em Washington.
As autoridades também já fizeram várias detenções de pessoas que participaram na invasão do Capitólio.