"Receberemos mais 100.000 doses da UE para combater a propagação no distrito de Schwaz", no Tirol, disse o primeiro-ministro da Áustria, Sebastian Kurz, numa conferência de imprensa, explicando que essa região constitui "um dos maiores centros" europeus da variante inicialmente detetada na África do Sul.
O número de casos ativos na Áustria caiu de mais de 200, há algumas semanas, para menos de 100, hoje, após a aplicação de rastreios em massa e medidas de contenção da propagação do novo coronavírus.
Uma comissão de cientistas internacionais, enviada pela UE, acompanhará a campanha de vacinação em Schwaz, para avaliar o seu impacto.
Cada habitante adulto desse distrito, que tem uma população de cerca de 80 mil habitantes, receberá uma vacina a partir de 10 de março.
A variante inicialmente detetada na África do Sul é considerada pelos especialistas como uma das mais preocupantes, já que pode neutralizar parcialmente as defesas imunológicas desenvolvidas após determinados tratamentos.
A eficácia da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech foi confirmada por um amplo estudo realizado em Israel e publicado no final de fevereiro, revelando 94% de eficácia em casos sintomáticos de covid-19.
"O nosso objetivo é lutar para nos livrarmos das infeções logo que possível", disse Kurz, acrescentando que quer "exterminar a variante" que afeta parte do seu país.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.549.910 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.