O Brasil está a atravessar um período mais difícil com a pandemia a agravar-se diariamente. Pelo segundo dia consecutivo o país registou um novo máximo de contágios: 75.102 (ontem foram divulgadas 71.704 infeções). O Ministério da Saúde brasileiro reportou ainda 1.699 óbitos, abaixo do máximo de 1.910 mortes notificadas esta quarta-feira. No entanto, este é o terceiro dia seguido com mais de 1.600 vítimas mortais.
O Brasil acumula 10.793.732 casos de contágio e 260.970 óbitos.
O número de recuperados ascende a 9,6 milhões. O governo brasileiro informou que 895 mil pessoas estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.
São Paulo, o estado brasileiro mais afetado pela pandemia, contabiliza dois milhões de infetados e 60 mil mortes devido à Covid-19.
À medida que a situação se deteriora no Brasil, os hospitais têm acrescidas dificuldades em dar resposta ao avolumar de pessoas que estão a contrair o vírus e a adoecer. A rede hospitalar em várias cidades do país está a entrar em colapso.
Mas apesar deste cenário preocupante, Jair Bolsonaro continua desvalorizar o impacto da pandemia. Esta quinta-feira, o presidente brasileiro voltou a criticar as restrições
"Faço um apelo aos governadores e prefeitos para que repensem essa política de fechar tudo. O povo quer trabalhar", disse Bolsonaro, acrescentando: "Vamos lutar contra o vírus, mas não dessa forma ignorante, burra, suicida".
"Nós temos de enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de 'mimimi'. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbilidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos?", indagou o líder de extrema-direita durante a inauguração de uma estrada em São Simão, Goiás.
[Notícia atualizada às 22h24]
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