A informação foi referida na quinta-feira pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, segundo avançaram as agências internacionais, durante uma intervenção dirigida aos delegados dos países-membros da agência que integra o sistema das Nações Unidas.
"A equipa está a trabalhar no relatório final, bem como num resumo, que segundo sabemos será divulgado simultaneamente durante a semana de 15 de março", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Sei que muitos países-membros estão ansiosos para ver o relatório" e "eu também estou", acrescentou o líder da OMS.
Na mesma intervenção, o diretor-geral da OMS prometeu uma antevisão do relatório aos Estados-membros, "antes da respetiva publicação", bem como apresentar-lhes as conclusões do documento.
Inicialmente, a OMS tinha afirmado que a equipa de peritos ia disponibilizar um relatório preliminar, antes do documento final.
Esta intenção seria abandonada em fevereiro, sem ter sido fornecida qualquer explicação concreta.
No final da missão, e durante uma longa conferência de imprensa realizada em Wuhan, cidade do centro da China onde foi detetado o novo coronavírus (SARS-Cov-2) em dezembro de 2019, a equipa de peritos apresentou as várias hipóteses suscitadas ao longo da investigação sobre a forma como o vírus que provoca a doença covid-19 terá passado de um animal para o homem.
Na mesma ocasião, a equipa afastou a possibilidade de a atual pandemia ter origem numa fuga laboratorial, nomeadamente do Instituto de Virologia de Wuhan, como alegou a antiga administração norte-americana liderada por Donald Trump, tendo considerado então esse cenário como altamente improvável.
Mas, o diretor-geral da OMS viria a retificar a situação, afirmando que "todas as hipóteses permaneciam em cima da mesa" para explicar a origem da pandemia.
Estas declarações de Tedros Adhanom Ghebreyesus causaram alguma confusão e aumentaram o ceticismo demonstrado por vários países em relação à missão de peritos, a começar pelos Estados Unidos.
Numa conferência de imprensa na quinta-feira, o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, apelou a Pequim para que mostrasse "transparência".
"O que temos vindo a deixar de forma clara há várias semanas, é que temos profundas preocupações sobre a forma como foram comunicadas as conclusões iniciais da equipa de investigação sobre a covid-19 e questões sobre o processo subjacente para chegar a essas conclusões", disse o porta-voz.
Numa carta aberta tornada pública na quinta-feira, 24 investigadores internacionais apelaram a uma nova investigação, independente e mais aprofundada, denunciando as "limitações estruturais" impostas ao trabalho dos peritos da OMS durante a sua deslocação à China.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 2.570.291 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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