EUA. Mais 1.100 guardas necessários para segurança do Capitólio

O reforço da segurança no Capitólio norte-americano exige a instalação de vedações no exterior do edifício e dos gabinetes de congressistas, além da contratação de mais 1.100 guardas e de uma força de reação rápida, segundo um painel de peritos. 

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Lusa
09/03/2021 06:27 ‧ 09/03/2021 por Lusa

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Capitólio

As recomendações constam do relatório de uma equipa de peritos de segurança liderada pelo general na reforma Russel Honoré, nomeada na sequência do assalto ao Capitólio, a 6 de janeiro em Washington, por apoiantes do ex-presidente Donald Trump.

O relatório, que será apresentado hoje perante o Congresso, recomenda a instalação de vedações móveis ou retráteis, em torno do edifício do Capitólio e dos gabinetes dos legisladores, e o reforço da Polícia do Capitólio com 1.100 elementos, além da criação de uma força de reação rápida para substituir os efetivos da Guarda Nacional que têm mantido a segurança na zona.

Cinco pessoas morreram no assalto ao Capitólio, quando se contavam no interior os votos do Colégio Eleitoral que davam a vitória a Joe Biden, que os apoiantes de Trump consideravam fraudulenta.

Acusado de ter incitado o ataque, incluindo por senadores do partido republicano, Trump foi alvo de um julgamento no Senado em fevereiro, sem que se tenham produzido os dois terços de votos necessários a uma condenação.

O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança, e a situação na capital norte-americana é ainda considerada de risco elevado, nomeadamente durante o discurso perante asessão conjunta do Congresso, que o presidente Joe Biden deverá fazer ainda este mês.

Outras medidas recomendadas pelo painel nomeado pela líder do Congresso, Nancy Pelosi, no relatório hoje apresentado são o reforço da segurança nos gabinetes estaduais e residências dos congressistas e senadores, a investigação de antecedentes de detentores de salvo-condutos para o Capitólio, e ainda a melhoria das instalações da força policial do edifício, "sem condições" e a necessitar de "substancial restauro.

O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) norte-americano vai financiar o combate ao extremismo violento doméstico nos Estados e localidades, pela primeira vez, com 77 milhões de dólares (63 milhões de euros).

"Hoje, a mais significativa ameaça terrorista que a nação enfrenta é a de malfeitores isolados e pequenos grupos de indivíduos que cometem atos de violência motivados por crenças ideológicas internas extremistas", afirmou o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, em comunicadodivulgado no final de fevereiro.

Mayorkas já tinha definido o terrorismo interno como uma "Área de Prioridade Nacional", devido ao ataque ao Capitólio a 6 de janeiro.

A Administração Biden já apresentou um plano intergovernamental para avaliar e combater a ameaça causada por estes grupos e o nomeado para o cargo de procurador, Merrick Garland, afirmou que a sua principal prioridade será a acusação aos responsáveis pelos incidentes no Capitólio.

Na sua audiência de confirmação no Senado, Garland afirmou que os Estados Unidos "estão a enfrentar um período mais perigoso" do que aquele em que se deu o atentado bombista de Oklahoma em 1995, quando o terrorista anti-Governo Timothy McVeigh matou 168 pessoas.

Leia Também: FBI investiga assaltantes do Capitólio e pessoa próxima de Trump

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