Desastres naturais já mataram 96 pessoas desde outubro em Moçambique
Um total de 96 pessoas morreram devido aos ciclones e outros desastres naturais em Moçambique na atual época chuvosa, anunciou hoje o primeiro-ministro no parlamento.
© Lusa
Mundo Chuvas
"A ocorrência destes desastres naturais afetou 676.314 pessoas, causou 150 feridos e 96 óbitos", disse Carlos Agostinho do Rosário, numa sessão de informações do Governo aos deputados.
Moçambique foi assolado desde outubro por eventos climáticos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.
"Estes eventos climáticos extremos causaram danos humanos e em infraestruturas públicas e privadas, sobretudo nas províncias da Zambézia, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo", referiu.
Com vista a reduzir os danos e salvar vidas, o Governo disse ter desencadeado "ações proactivas que consistiram no alerta, aviso prévio e pré-posicionamento de meios de salvamento e de assistência humanitária".
"Saudamos a população por ter acatado as mensagens divulgadas e tomado as medidas de precaução recomendadas", o que ajudou a evitar danos humanos mais elevados, destacou.
O primeiro-ministro moçambicano disse ainda que foram iniciados estudos técnicos para a implementação do projeto de proteção costeira da cidade da Beira, no centro do país, "cujo financiamento já está assegurado".
A importância da obra tem sido especialmente destacada após o ciclone Idai, que se abateu sobre a Beira (centro) em março de 2019.
"Acreditamos que com a implementação destas e outras ações estaremos à altura de melhorar a nossa resposta aos desastres naturais e mitigar os seus efeitos", concluiu.
Moçambique está na fase final da época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com tempestades oriundas do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.
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