Cumprir as recomendações sanitárias das autoridades nem sempre é fácil para as famílias mais vulneráveis, destacam participantes na iniciativa, que por isso querem juntar esforços para apoiar quem não consegue comprar o necessário.
Nesse sentido, um grupo de agentes da PNTL e de várias organizações timorenses -- Grupo Mama Bolu, Movimento Tasi Mos, Representante U40 e Taskforce Mun Dili -- juntaram-se hoje para sensibilizar e dar máscaras e outros produtos sanitários a vendedores no mercado de Taibessi, na zona sudeste da capital.
"É uma ação de visibilidade policial aproximada, junto dos vendedores e compradores no mercado central de Taibessi, a quem informamos sobre os cuidados a ter", disse à Lusa Euclides Belo, segundo-comandante distrital da PNTL.
"Entregamos máscaras, viseiras e gel e explicamos os cuidados que têm que ter", referiu.
Euclides Belo saúda o apoio e colaboração das organizações da sociedade civil e de vários "amigos", explicando que estes tipos de medidas são importantes para ajudar a prevenir contágios.
"São ações importantes de visibilidade nos mercados, e para a comunidade entender o que deve fazer em termos de prevenção e combate à covid-19", notou.
"Cada máscara custa no mínimo 25 cêntimos e as pessoas não podem comprar, é muito caro para muitas pessoas", explicou.
O salário mínimo em Timor-Leste é de 115 dólares por mês (97 euros) mas muitos na economia informal têm rendimentos muito mais reduzidos.
"Somos cerca de 30 pessoas, entre agentes da PNTL. E amanhã vamos ao mercado de Manleuana", disse Belo.
Além das organizações no terreno, a iniciativa está a ser igualmente apoiada por empresas como a Sales Luis La, que tem vindo a produzir álcool e gel desinfetante e que ao longo dos meses tem dado apoio a escolas, igrejas e grupos vulneráveis.
"Recebemos pedidos de apoio da comunidade e tentamos ajudar com desinfetante de mãos, máscaras ou viseiras", explicou Steven Sales, responsável da empresa.
"É gel desinfetante fabricado em Timor-Leste, que oferecemos dentro das nossas possibilidades e quando a ajuda é pedida. Somos ainda fornecedores de álcool para o SAMES", disse, referindo-se à farmácia central timorense.
Timor-Leste tem atualmente 107 casos ativos, com pacientes infetados em Díli, Baucau, Viqueque, Covalima e no enclave de Oecusse, com quatro cercas sanitárias e confinamento obrigatório nos três primeiros municípios.
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